Encontro dos secretariados diocesanos da catequese

Realizou-se nos dias 1 e 2 deste mês, em Fátima, mais um Encontro dos Secretariados Diocesanos de Catequese.

Ocorrendo pouco tempo após a instituição do Ministério Laical do Catequista pelo Papa Francisco (Carta Apostólica ANTIQUUM MINISTERIUM) teve para todos um sabor muito especial este reencontro presencial após tanto tempo de contactos e trabalhos à distância por força das circunstâncias pandémicas que nos assolaram.

O centro dos trabalhos foi a discussão do novo " Itinerário para a Catequese de Crianças, Jovens e Famílias " que já mais de um ano está a ser preparado pelo Grupo de Trabalho em particular, com o apoio dos SDC e da Comissão Episcopal.

Mas, embora fosse este o tema central, muitas questões foram paralelamente discutidas, de forma mais ou menos oficial, permitindo uma verdadeira partilha de dúvidas, opiniões, sugestões, ideias, sobre as questões e problemas que nos assolam como catequistas, tornando-se quase um "encontro paralelo" e não menos proveitoso.

Mais uma vez se levantou a preocupação com a formação dos catequistas e a necessidade dessa formação abranger aspetos teológicos, pedagógicos, História da Igreja, liturgia, enfim, uma panóplia de temas que capacitem os catequistas para a sua tão importante missão de evangelização.

Ficou a dúvida sobre como "cativar" os catequistas para as (boas) formações existentes, muitas vezes vistas como "pesadas", "prolongadas", "chatas", e a apetência para formações de "receitas instantâneas" para fazer resultar uma catequese, como se de "mágica" se tratasse.

(...) convém que ao Ministério instituído de Catequista sejam chamados homens e mulheres de Fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna, recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica.

(...) o catequista, simultaneamente testemunha da Fé, mestre, acompanhante e pedagogo, instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só poderá desenvolver mediante oração, estudo, formação permanente e participação na vida da comunidade.

Verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, pela palavra e pelo exemplo, os Catequistas não podem correr o risco de se tornarem simples " transmissores de conteúdos dos catecismos".

Chamados a tão nobre missão, deles se espera competência e perseverança na caminhada com Cristo, com as crianças e com toda a comunidade catequética.

 

Isilda Montenegro, in Voz de Lamego, ano 91/34, n.º 4616, 7 de julho de 2021

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