Foi a 20 de maio de 1993 que Vila Cova à Coelheira obteve o resultado, por unanimidade, na Assembleia da República da Lei 47/93 que lhe confere o título de “Vila”, designação, que, aliás, nunca perdeu na composição do seu nome, desde os tempos dos primórdios da nacionalidade portucalense.
Passados que foram 30 anos sob o acontecimento, a Junta de Freguesia optou por comemorar a efeméride no dia 21 (por ser Domingo), elaborando um programa apropriado à circunstância, que começou logo pela manhã com o içar das Bandeiras na Sede da Autarquia com a presença de muitos convidados do Município e das freguesias vizinhas, tendo a abrilhantar a cerimónia a Banda Musical Progressiva desta terra.
Seguiu-se uma arruada até à Igreja Matriz, onde foi celebrada a Eucaristia dominical comemorativa, presidida pelo Pró-Vigário Geral da Diocese, Cónego João Carlos Morgado, na qual foram lembrados os que no passado contribuíram com o seu esforço e dedicação em prol do bem-estar e progresso desta Vila, cuja história se perde nas brumas dos tempos, sendo das mais notáveis de toda a região. Esta Eucaristia festiva foi coadjuvada pelo pároco, P. Jorge Saraiva e solenizada pelo Grupo Coral da Paróquia. O Cónego João Carlos Morgado, na homilia, fez questão de aludir à especificidade da história de Vila Cova à Coelheira em diversos aspetos de entre os quais, a convivência que aqui existiu ao longo de séculos estre a Comunidade Cristã e a Comunidade Judaica. Aproveitou também para anunciar publicamente a nomeação do Pároco Jorge Saraiva como Arcipreste de Castro Daire/Vila Nova de Paiva.
No final da Missa organizou-se uma procissão rumo ao novo espaço que foi acrescentado ao Cemitério da freguesia e cujas obras de ampliação se deram por terminadas nas vésperas. Ali chegados, o Pró-Vigário Geral da Diocese procedeu ao ritual da respetiva bênção e os Presidentes da Câmara Municipal e da Junta de freguesia descerraram a lápide invocativa do acontecimento. Antes da retirada, a Banda Musical entoou uma marcha do seu repertório, pretendendo com isso solenizar o ato e homenagear aqueles e aquelas cujos restos mortais ali repousam ao lado.
Ao início da tarde a Junta de Freguesia ofereceu um almoço, no Salão Paroquial às Entidades oficiais, Eis-Presidentes de Junta, representantes das Associações, e funcionários da autarquia.
Cerca das 15h deu-se início a uma espécie de Sessão Solene no Salão Cultural da Sede da Junta de Freguesia (que se encontrava repleto), durante a qual usaram da palavra, O Presidente da Junta de Freguesia, Fernando Guedes, O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Marques , O Pároco, P. Jorge Saraiva e por fim Jorge Oliveira Pinto (que era o Presidente de Junta em 1993) e autor do Livro “Vila Cova á Coelheira – Um Encontro com a História”, que, depois de falar um pouco na História de Vila Cova, fez uma retrospetiva, em síntese, de como no seu mandato se desenrolou o processo desta elevação.
Frisou o papel preponderante do então Deputado José Almeida Cesário, na Assembleia da República para que tal acontecesse, e o apoio permanente dos restantes elementos da Junta de Freguesia, da Assembleia de Freguesia, do Jornal “Horizonte Vilacovense”, de todas as Associações de Vila Cova à Coelheira e da Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva.
Antes do encerramento da Sessão, foram condecorados 2 funcionários da Junta de Freguesia e procedeu-se a apresentação pública da Página WEB da freguesia.
No final Já com a tarde bem avançada houve uma merenda-convívio aberta a toda a comunidade, animada com a “Euquestra do Forrobodó” e o Grupo de Concertinas “Os Diatónicos”.
Jorge Oliveira, in Voz de Lamego, ano 93/28, n.º 4708, 31 de maio 2023
