Decorreu nos dias 22 a 25 de março, no Seminário de Lamego, o Convívio Fraterno 1452, com a participação de 17 novos convivas. Dois deles partilham o seu testemunho da vivência destes dias:
Há já muito tempo que queria fazer o Convívio Fraterno. Esperei ansiosamente, mas, pacientemente, sabendo sempre que Deus me iria presentear com essa oportunidade no momento certo. E assim foi… no dia 9 de março de 2024, eis que sou agradavelmente convidada para participar no Convívio Fraterno 1452! Com muita alegria aceitei o convite, sem hesitar, e no próximo dia 22 de março fiz-me à estrada da terra das cerejas, Resende, até ao Seminário Maior de Lamego.
O Convívio Fraterno (CF) é, com certeza, um mistério e sempre o foi. Só depois de passar pela experiência é que percebi porquê: esse secretismo todo faz com que esta se torne única e autêntica, onde todos os momentos são vividos com a maior intensidade, isto porque não há nada que nos distraia (shuuuuuushh)! Na minha opinião, e depois de passar pela experiência, o CF tem como objetivo fazer com que os jovens adultos se encontrem com Deus na sua intimidade e na sua fé. Cito, então, uma célebre frase de São João Paulo II: “Não tenhais medo de acolher Jesus Cristo: Ele conhece a intimidade do Homem.”
O primeiro dia contou com muitas dúvidas e questões para as quais foi, e continua a ser, muito difícil encontrar respostas. No entanto, é ao longo dos segundo e terceiro dias que me apercebo de que se estou no sítio certo e com um propósito: entregar-me por inteiro a Deus e perceber que Ele é quem me guia todos os dias e que faz com que a minha chama de fé continue acesa e até que esta se acenda ou intensifique. Foi nestes dias que consegui (re)intensificar essa chama através de todo o amor transmitido pela Igreja, da qual todos fazemos parte, e onde tive também oportunidade de conhecer pessoas que partilham da mesma fé que eu e fazer amizades com elas, que podem ser para a vida.
Nesta jornada houve, igualmente, valores humanos que se entrecruzaram com valores cristãos, nomeadamente a solidariedade, a amizade e a sua construção, na medida em que todos nós, jovens, devemos ser construtores de um mundo novo e de Paz, promovendo sinais marcantes de fé no coração de cada ser humano.
É difícil expressar o que senti e vivi durante estes três longos e felizes dias da minha vida, visto que foram momentos de muitas emoções sentidas ao mesmo tempo, mas que contaram com muita felicidade e total entrega a Jesus que nos ama. E, por isso, à pergunta que deu o mote ao tema deste Convívio Fraterno 1452: “Tu amas-me?”, eu respondo: “Sim, porque és o Princípio e Fim da minha existência”.
Agradeço muito ao conviva que me convidou; a todos os novos e antigos convivas que me acompanharam nesta longa caminhada, apesar de aparentemente pequena; ao Pe Bráulio por todos os ensinamentos e palavras sábias; aos párocos responsáveis pela paróquia de Resende, Pe. Tó Zé e Pe. Zé Augusto; mas principalmente a Nosso Senhor que me guiou e iluminou, mais uma vez, neste caminho de fé no momento certo, com as pessoas certas.
Lurdes Barreto, in Voz de Lamego, ano 94/21, n.º 4749, de 10de abril de 2024