Francisco Guilherme Pinto, nascido a 17 de março de 1937 em Riodades, concelho de são João da Pesqueira, frequentou o Seminário Menor de Resende e o Seminário Maior de Lamego.
Recebeu a ordenação diaconal a 23 de dezembro de 1961 e a ordenação presbiteral a 22 de julho de 1962, na Capela do Seminário, pelas mãos do Sr. D. João da Silva Campos Neves.
Logo a seguir à ordenação sacerdotal, foi nomeado Pároco de Vila Seca, Coura e santo Adrião, na zona pastoral de Armamar, tendo exercido esse ofício durante 8 anos.
Partiu, depois, para Angola, como capelão militar.
A 9 de novembro de 1970, foi nomeado Pároco de Souto (zona pastoral de Penedono) e de Ranhados (zona pastoral de Mêda). Nos anos seguintes, foi exercendo o seu ministério em várias outras paróquias daquela zona: Ourozinho, Penedono, Rabaçal, Cunha e Tabosa da Cunha, Cedovim e Sarzeda da qual foi dispensado, em 2017. No Souto permaneceu, sempre, até 2020, data em que se jubilou.
Para além da sua dedicação às paróquias onde serviu, também colaborou ativamente na vida diocesana, tendo assumido o cargo de Arcipreste de Penedono.
Foi, igualmente, Presidente do Centro de Apoio Social do Concelho de Penedono/ Lar de Santa Isabel, de abril de 1989 a dezembro de 2013.
Faleceu no dia 20 de agosto. A missa exequial foi celebrada, no dia seguinte, na igreja de Souto, e nesta paróquia ficou sepultado como era seu desejo. A concelebração eucarística foi presidida pelo Sr. D. António Couto, com a presença de 23 sacerdotes e muito povo.
D. António Couto, na homilia, e partindo da liturgia da Palavra, guiou-nos pelas palavras da Escritura que nos faz saborear a presença de Deus, revelado em plenitude em Jesus Cristo, na sua morte e ressurreição. O padre é pai, pai de quantos são colocados ao seu cuidado, relembrando a missão do Pe. Guilherme como capelão militar e como pároco. Pároco, paroquianos, paróquia… são realidades, relembrou, que nos dizem que somos estrangeiros nesta terra, a caminho da pátria celeste. Com efeito, já estamos enxertados na vida eterna, pois esta se inicia no tempo presente. O Céu como se enrolou para acolher este nosso irmão na eternidade, como havia feito o Senhor Deus com Moisés.
Nunca o túmulo de Moisés foi encontrado… o Céu não desceu e a terra não subiu, mas como que Deus fez com que o Céu se dobrasse e envolvesse Moisés. Importa que nos habituemos a viver como ressuscitados, filhos amados de Deus, aqui no tempo atual e neste mundo. Jesus faz chegar até nós a eternidade, ressuscitando e mostrando-nos o caminho que nos leva à glória do Pai, cabe-nos viver de tal modo que façamos a experiência da eternidade no compromisso e no cuidado uns aos outros.
No momento de ação de graças, uma funcionária do Lar de santa Isabel tomou a palavra para dar graças a Deus pela vida e dedicação do Pe. Guilherme, nomeadamente no âmbito do Lar e nesta dimensão sócio caritativa.