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Comunhão Pascal nas Escolas de Resende

Um Tempo de Graça, Fé e Comunhão»

No entrelaçar harmonioso entre o ritmo do ano litúrgico e o  compasso do calendário escolar, e em consonância com o Plano Anual de Atividades 2024/2025, o Agrupamento de Escolas de Resende (AER) voltou a viver, com elevação espiritual e sentido comunitário, a celebração da sua Comunhão Pascal. O momento teve lugar na manhã do passado dia 4 de abril de 2025, na Igreja da Imaculada Conceição, tornando-se, como já é tradição, uma verdadeira epifania da fé vivida no seio da escola pública, testemunho eloquente de uma comunidade onde os valores cristãos permanecem enraizados e fecundos.

A iniciativa, promovida pelos docentes de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) – Pe. Excelso Ferreira, da Escola Básica D. António José de Castro, Pe. Vasco Alves e Ana Paula Duarte, da Escola Secundária de Resende – mobilizou um número expressivo de alunos, professores, funcionários e familiares. Como preparação interior, a celebração iniciou-se com um momento penitencial, ocasião propícia para o exame de consciência, o arrependimento sincero e o reencontro com o amor misericordioso de Deus. Seguiu-se a celebração da Eucaristia, coração pulsante da vida cristã, presidida por Sua Excelência Reverendíssima, D. António Couto, Bispo da Diocese de Lamego, e concelebrada pelos párocos das comunidades de origem dos alunos participantes. Serviram o altar oito acólitos, estudantes do Agrupamento, acompanhados pelo Diácono Eduardo, igualmente professor do AER.

Durante a homilia, o Senhor Bispo deteve-se sobre o episódio evangélico da mulher adúltera, relatado por São João (8, 1-11), conduzindo a assembleia à meditação de dois ensinamentos fulcrais: por um lado, a urgência de cada pessoa se olhar a si mesma com verdade e humildade, antes de se apressar a julgar ou condenar os outros, como fizeram os escribas e fariseus. Por outro lado, a certeza de que Jesus não condena, mas salva; não lança pedras, mas estende a mão; não acusa, mas oferece perdão e recomeço.

Com a ternura própria de um Pastor atento ao coração dos seus fiéis, D. António deixou um apelo comovente à confiança na misericórdia de Deus: “Hoje, o apelo é… Não tenhamos medo de ser pecadores… tenhamos é medo de esconder o nosso pecado… Não tenhamos medo de ser pecadores, porque Deus perdoa, perdoa, perdoa até à exaustão… não se cansa de perdoar… Por isso, ponhamos a nossa vida estendida sobre a mesa, porventura cheia de pecado, ou meio pecado, e peçamos a Deus que olhe para nós com a ternura com que Jesus olhou, como Mestre, para aquela mulher, com a ternura de quem tudo perdoa…”

Numa linguagem direta, atual e interpeladora, o Senhor Bispo alertou ainda para os perigos de uma sociedade que, dispondo de poder e tecnologia, muitas vezes não sabe usá-los para construir a paz: “…escusam de ir aos livros, pois os livros só trazem coisas que já se sabe… não trazem coisas que ainda não se sabe, infelizmente! E nós vemos como é fácil, hoje, destruir o mundo, destruir as pessoas com meia dúzia de botões, em que se carrega e se matam pessoas estupidamente… infelizmente! Então, vamos nós tentar que as coisas novas, que são produzidas no nosso tempo, no nosso hoje, sejam coisas boas e eternas, a começar aqui, pelo nosso coração e pela nossa mente…”

Ao terminar a celebração, o professor Pe. Excelso Ferreira dirigiu sentidas palavras de agradecimento ao Senhor Bispo, pela sua presença e proximidade pastoral, aos alunos e professores que constituíram o coro litúrgico, aos acólitos e todos os que, nos bastidores, colaboraram para o bom desenrolar da cerimónia – professores, assistentes técnicos e operacionais. Enalteceu, com particular apreço, o comportamento exemplar dos alunos, cuja atitude reverente e participativa deu nobreza e autenticidade a este momento celebrativo, transformando-o numa verdadeira festa da fé, da comunhão e da alegria.

É com justo orgulho que o Agrupamento de Escolas de Resende regista uma taxa superior a noventa por cento de adesão à disciplina facultativa de EMRC, o que demonstra não só a pertinência dos seus conteúdos, como também a importância atribuída pela comunidade à formação integral dos jovens, alicerçada em valores humanos e espirituais. A celebração da Comunhão Pascal assume-se, por isso, como uma das expressões mais significativas do projeto educativo em vigor, merecendo continuidade e renovação nos anos vindouros.

Que a luz pascal, resplandecente do túmulo vazio, continue a iluminar os caminhos desta comunidade educativa, infundindo em todos renovada esperança, fé sólida e caridade ativa. Que a escola, espaço privilegiado de encontro, partilha e crescimento, permaneça como lugar de evangelização e de verdadeira humanização, contribuindo para a construção de um mundo mais justo, fraterno e reconciliado. Que a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo seja, para todos, tempo de autêntica renovação interior, de paz duradoura e de esperança viva, e que momentos como o vivido nesta celebração da Comunhão Pascal continuem a fortalecer, de forma significativa, os laços que unem a escola, a fé e a comunidade, em fidelidade ao Evangelho e ao serviço do bem comum.

 

Diác. Eduardo Pinto, in Voz de Lamego, ano 95/21, n.º 4798, de 9 de abril 2025

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