No dia 25 de maio, pelas 16h00, realizou-se mais uma vez a Peregrinação do Arciprestado de Lamego ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
Vindos das vinte e quatro Paróquias do Arciprestado de Lamego, a concentração dos diversos paroquianos fez-se no Largo da Igreja Catedral, rumando depois, todos juntos, até ao Monte de Santo Estevão, acompanhando o andor de Nossa Senhora dos Remédios até ao recinto das peregrinações.
Dando uma ênfase mais visível à vivência do Ano Jubilar, como “Peregrinos da Esperança”, este ano assumiu-se uma nova configuração na organização da Peregrinação, formando-se dois grandes grupos, aliando várias paróquias, que rezaram e cantaram em uníssono, com a orientação dos Seminaristas de Lamego e com o apoio de um sistema sonoro móvel, permitindo, assim, que houvesse uma maior comunhão entre todos, no rezar e no cantar. No final da procissão, seguia o andor de Nossa Senhora dos Remédios, ladeado pelos Párocos do Arciprestado de Lamego, juntamente com o Senhor Bispo da Diocese de Lamego, D. António Couto que presidiu a esta Peregrinação.
Chegados ao recinto das peregrinações, celebrou-se a Eucaristia do VI Domingo da Páscoa, presidida pelo nosso Bispo, D. António Couto. O Coro da Igreja Catedral assumiu a animação litúrgica da Eucaristia.
Na sua homilia, o Senhor Bispo, partindo dos textos da celebração da palavra deste domingo, a todos lembrou que o Espirito Santo, o Paráclito, é o grande construtor de pontes entre nós, uns com os outros, e com Deus. Ele é o Amor que destrói todos os muros, os preconceitos, ódios, divisões e incompreensões, tal como aconteceu no Concílio de Jerusalém, em que o Espírito Santo e os Apóstolos Pedro e Paulo se deram as mãos em sinal de comunhão, para que o Evangelho pudesse chegar ao coração de todos. E focando-se ainda mais no Evangelho, referiu que Jesus nos fala da escuta qualificada da sua Palavra, da habitação de Deus em cada um de nós, da paz por Ele dada, que é diferente da paz que o mundo dá e como o mundo a dá. Ele pode dar a Paz, porque Ele é a paz. Ele não tem a paz. Ele é a paz. A paz bíblica é pessoal, tem um rosto e um nome: Jesus. A Paz bíblica não é a paz dos homens, assente no poder das armas, nem a paz dos palestinenses, assente nos acordos entre as partes. A Paz bíblica é um Dom de Cristo Ressuscitado. Mais do que conquistá-la, é necessário recebê-la, vivê-la e partilhá-la. É este o grande desafio para o mundo de hoje mergulhado nas trevas de sangrentas guerras.
Antes da bênção final, o Senhor Arcipreste de Lamego, Padre Agostinho Ramalho, agradeceu a todos os que se disponibilizaram para que a Peregrinação tivesse sido uma manifestação pública de Fé, num domingo com eventos que decorriam ao mesmo tempo que a peregrinação se dirigia para o Santuário dos Remédios.
No final da celebração eucarística, o andor de Nossa Senhora seguiu em procissão para o Santuário, acompanhado pelo Senhor Bispo, sacerdotes presentes e muita gente que, cantando o Salve Regina, deu por terminada esta peregrinação anual do Arciprestado de Lamego ao Santuário dos Remédios.
É de exaltar a ação desenvolvida na orientação dada pelos três Agrupamentos do CNE presentes na peregrinação, os recursos logísticos da PSP, e a solução encontrada para que houvesse mais unidade e comunhão entre todos os que faziam peregrinação, utilizando, assim, um meio mais eficaz e digno de sonorização, quer durante a peregrinação, quer durante a celebração da eucaristia.
Com o respeitado auxílio dos três grupos de Escuteiros 611 de Penude, 551 de Cepões e 140 de Lamego, os fiéis das respetivas Paróquias.
Ana Cristina Pinheiro, in Voz de Lamego, ano 95/28, n.º 4805, de 28 de maio 2025