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Bodas de Prata Sacerdotais do Pe. Manuel Gonçalves

A 8 de julho do ano de 2000, na nossa diocese de Lamego, houve uma ordenação, a minha, Pe. Manuel Gonçalves, pelas mãos do então Bispo diocesano, D. Jacinto Botelho, cuja entrada na diocese tinha ocorrido a 19 de março desse mesmo ano.

Passados 25 anos, a partir da comunidade paroquial de Tabuaço, mas integrando todo o espaço pastoral que me está confiado (Tabuaço, Távora, Pinheiros e Carrazedo), foi organizada a celebração dos 25 anos da minha ordenação sacerdotal, para a tarde do dia 8 de julho, do corrente ano de 2025, com a Eucaristia, seguindo-se-lhe um momento de confraternização.

A Eucaristia foi presidida pelo nosso Bispo, D. António Couto, com a participação de sacerdotes amigos. A liturgia da Palavra foi a do dia, terça-feira da XIV Semana do Tempo Comum (anos ímpares). A primeira leitura, do livro de Génesis (32, 22-32), fala de Jacob e da sua luta com Deus, vencendo Deus e vencendo os homens, sendo-lhe dado outro nome, de Jacob passou a Israel. O nosso Bispo sublinhou a importância de não deixar Deus sozinho, mas persistir. A propósito trouxe outro episódio bíblico, a destruição de Sodoma e Gomorra. Nessa ocasião, Abraão argumenta com Deus, para que Deus não destrua a cidade se lá houver 50 justos. E vai argumentando com Deus, se em Sodoma houver 45 justos, 40, 30, 20, 10… mas desiste antes do tempo e deixa Deus sozinho, ao chegar aos dez justos, deixa de interceder, de rezar, de clamar a Deus. Ora Jacob luta toda a noite com Deus e não desiste. Há de ser assim connosco, não deixemos Deus sozinho, como padres ou como leigos, lutemos com Deus para que prevaleça a Sua misericórdia. O Evangelho (Mt 9, 32-38) deste dia conclui com as palavras de Jesus: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara». É essa a missão de todos, rezar para que o Senhor mande trabalhadores para a sua seara, mas é também missão de todos, dos apóstolos, e agora de todos nós, sacerdotes e leigos, de cada cristão, estar comprometido com a seara, na vivência e anúncio da Palavra de Deus, na prática do bem, agindo ao jeito de Jesus, que não desiste de ninguém.

Depois da oração final, algumas intervenções, começando pelas comunidades paroquiais de Távora, tendo com interveniente o Sr. Rui de Carvalho, de Pinheiros e Carrazedo, sendo essa tarefa assumida pelo Sr. Manuel Amâncio, na qualidade de Presidente da Junta que engloba as duas paróquias, e de Tabuaço, a Ana Carla, também em nome do grupo de pessoas que se juntaram para preparar este dia. Interveio, em nome da Autarquia, o Dr. Leandro Macedo, Presidente da Assembleia Municipal de Tabuaço, reconhecendo a laicidade das instituições públicas, mas sem esquecer e sublinhar as raízes judaico-cristãs do país e, portanto, das nossas terras. Essa matriz enquadra também esta comemoração e o serviço da Igreja, não apenas na dimensão religiosa, mas igualmente na vertente cultural, social e educativa.

Coube-me, a finalizar estas intervenções, agradecer. A gratidão faz-nos reconhecer todo o bem que Deus opera em nós através das pessoas que coloca na nossa vida, na minha vida. Assim, recuperando as palavras de gratidão, agradeço, de coração a quantos caminharam e caminham comigo, a todos os que Deus colocou, coloca e colocará na minha vida, e que me ajudam a ser quem sou como pessoa e como padre, começando pela família, pais e irmãos; professores e colegas, pelas escolas por onde andei, relevando as equipas formadoras dos seminários e os que colegas que entraram no mesmo barco em busca de um caminho, de descoberta, aprofundamento e amadurecimento da vocação; aos dois párocos que conheci em Penude, o Pe. Germano José Lopes, que acompanhou e incentivou a entrada no Seminário, e ao Pe. Adriano Cardoso que, com alegria e generosidade, acarinhou e, de pronto, preparou a Missa Nova, e ao longo dos tempos continua a ser uma referência, na delicadeza e na alegria com que vive e anuncia a Palavra de Deus; aos bispos ordenantes, diaconado e presbiterado, D. Américo e D. Jacinto, respetivamente; aos colegas sacerdotes presentes neste dia ou que se uniram e unem em oração; aos que organizaram este momento celebrativo; às quatro comunidades paroquiais que me estão confiadas e seus paroquianos, que partilham comigo alegrias e tristezas e com quem partilho momentos bons e momentos mais adversos. E uma palavra de muita estima ao nosso Bispo D. António, por disponibilizar tempo e nos trazer o testemunho da Palavra de Deus e da fé, e a amizade e a simpatia com que brindou neste dia e em tantos outros de ministério episcopal.

Como sublinhou o nosso Bispo, na homilia, cada dia deve ser de festa, porque Jesus Cristo ressuscitou e a sua ressurreição afetou a vida de cada um de nós… por isso damos graças a Deus que manifesta a Sua vida em nós.

 

in Voz de Lamego, ano 95/35, n.º 4811, de 23 de julho 2025

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