A preparação para o Crisma foi uma etapa muito especial e significativa na nossa caminhada cristã. Ao longo de uma semana, vivemos momentos intensos de reflexão, oração e partilha em grupo. Foi uma semana diferente, em que deixámos de lado a correria do dia a dia e nos focámos verdadeiramente naquilo que é essencial: a nossa fé.
Um dos momentos mais marcantes deste percurso foi o sacramento da reconciliação. Confessarmo-nos antes do Crisma não foi apenas um ritual, mas sim uma oportunidade real de nos reconciliarmos com Deus, de esvaziarmos o coração daquilo que nos pesa e de abrirmos espaço para algo novo. Sentimo-nos mais leves, mais em paz e mais preparados para receber o Espírito Santo com verdade.
Durante essa semana, também participámos em várias dinâmicas que nos ajudaram a aprofundar o significado dos dons do Espírito Santo e dos sacramentos. Não foram apenas momentos de escuta, mas de envolvimento. Partilhámos pensamentos, dúvidas e experiências, e percebemos como a fé se vive de forma concreta e em comunidade. Foi bonito sentirmo-nos parte de algo maior.
E assim chegou o dia 12 de julho — o nosso dia do Crisma. Um dia vivido com emoção, alegria e espiritualidade. Mais do que uma cerimónia, foi um verdadeiro encontro com Deus. Sentimos que, naquele momento, estávamos a dar um passo importante na nossa vida cristã — um passo de maturidade, de compromisso e de entrega. Tivemos também a alegria e a honra de ser crismados pelo Bispo da diocese de Lamego, D. António José da Rocha Couto, o que deu ainda mais significado e solenidade a este momento tão marcante.
Agora que fomos crismados, sabemos que esta jornada não termina aqui. O Crisma é um novo começo, uma missão: ser testemunhas de Cristo no mundo, com mais coragem, responsabilidade e amor.
Ana Carlota, in Voz de Lamego, ano 95/35, n.º 4811, de 23 de julho 2025