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Celebração do Crisma na Paróquia de Tabuaço

No passado sábado, 26 de julho, inserido na Eucaristia vespertina, XVII Domingo do Tempo Comum (ano C), D. António Couto, Bispo de Lamego, administrou o Sacramento do Crisma a 11 jovens.

Dois dias antes, o grupo, juntamente com o pároco e duas catequistas, foi recebido, no Paço Episcopal, pelo Sr. Bispo, para um encontro de preparação, oportunidade para que, uns e outros, se conheçam melhor. D. António refletiu sobre o sacramento e sobre os diversos momentos da celebração, com os vários símbolos presentes, para desafiar os nossos jovens a terem asas, tornando a vida dos outros mais leve. As asas são pesadas quando prevalece o ódio, a indiferença, o rancor, a inveja, a vingança. As asas que Deus nos dá são leves quando cuidamos, amamos e servimos, levando leveza à vida dos outros, mas também à própria vida.

No início da Eucaristia, as catequistas predispuseram-nos a viver a fé: “Deus convocou-nos para celebrar a fé́ e para acolhermos a Sua palavra. Respondemos com alegria. Trazemos-Lhe a nossa vida, para que, hoje e em todos os instantes, nos renove, nos converta, nos ilumine e nos faça ver que só́ o amor nos salva, só́ a fraternidade nos faz saborear a Sua realeza. Enraizamo-nos em Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, um Nos que nos funda como Seu povo. Porque nos ama, Deus vem até nós e, em Cristo, faz-se um connosco, entra na nossa vida, vive entre nos, faz-se história para que tenhamos vida em abundância e para que se estabeleça no mundo o Seu reino de amor e de paz. Para estar sempre connosco, Jesus da- nos o Seu Espírito. E o Santo Espírito que, hoje, aqui e agora, nos faz escutar Jesus, a Palavra do Pai; e o Espírito que nos compromete e renova os nossos esforços. E a plenitude do Espírito Santo que os nossos jovens acolherão pela unção, invocação e oração do nosso Bispo, para que também eles sintam o perfume da ternura de Deus e contribuam para um mundo saudável e fraterno. Preparemo-nos para saborear a Palavra de Deus e celebrarmos os dons do Espírito Santo”.

Na homilia, D. António, fazendo-nos mergulhar na liturgia da Palavra, sublinhou a temática deste Domingo, a oração confidente e confiante. Abraão “negoceia” a salvação de Sodoma, através dos justos que haja na cidade, de cinquenta a dez justos.

Chegando aos dez justos, Abraão desiste. Como refere o Talmude, Abraão desiste antes do tempo, deixando Deus sozinho. Não podemos deixar Deus sozinho. Devemos prosseguir. Deus enviar-nos-á um Justo, Jesus Cristo, e por esse justo salvará a humanidade inteira. Como refere são Paulo, na segunda leitura deste dia (Col 2, 12-14), “Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz”. É este o Justo que nos salva da morte e nos livra do pecado.

No evangelho, Jesus ensina-nos a oração do Pai-nosso, revelando-nos que Deus é Pai e fazendo-nos pedir o pão nosso, não o pão meu, mas o pão nosso, o pão para todos. A nossa oração há de dirigir-se confiante a Deus que é Pai, um Pai que nos responde, que nos atende, que escuta a nossa súplica. “Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á”.

Os crismandos, como todo o cristão, não devem deixar Deus sozinho, como fez Abraão, não devem desistir de orar, de confiar em Deus, sabendo que a oração dilata o nosso coração e nos faz reconhecer como irmãos.

A celebração prosseguiu com a imposição das mãos e com a Crismação.

No ofertório, três símbolos/gestos, o sal, a luz e a pomba. “Que nunca percamos o gosto de ser cristãos”, “Espírito Santo, faz de nós luz viva”, “Que estes dons (do Espírito Santo) guiem a nossa vida e nos ajudem a seguir Jesus com coragem e amor”.

No final da celebração, a palavra das catequistas: Aos nossos queridos jovens… Há 10 anos começámos esta caminhada. Éreis crianças, nós “pequeninas” erámos e hoje crescemos... sois jovens prontos para o mundo e nós já somos adultas a lidar com o mundo. Para nós, catequistas, este foi o compromisso mais longo que tivemos até hoje nas nossas vidas. Nem a universidade, nem o emprego nos ligaram tanto tempo a alguém como a vós. E que graça e que alegria foi este caminho…

Obrigada por cada momento, cada conversa, cada silêncio e cada riso partilhado. Levamos-vos connosco no coração para sempre. E por fim, uma certeza: o Crisma não é um fim, não é uma meta e muito menos uma despedida. É um novo começo. O início de algo ainda mais bonito, mais livre, mais vosso… uma vida vivida com Cristo, pelo Espírito, para o mundo”.

E não há festa que não leve à partilha, por isso, depois da celebração do Crisma, a confraternização, no centro paroquial, à volta das mesas e das iguarias aí colocadas.

Fica o reconhecimento agradecido da comunidade às catequistas, pela dedicação e serviço eclesial ao longo dos anos, e das catequistas a todos os que contribuíram para a celebração e para o lanche. Uma palavra de estima pela presença alegre do nosso Bispo e pelas sábias palavras, que nos fazem saborear a Palavra de Deus, e nos desafiam a vivermos como Jesus Cristo, gastando-nos em prol dos outros.

 

in Voz de Lamego, ano 95/36, n.º 4812, de 30 de julho 2025

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