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Peregrinação Jubilar dos Arciprestados de Cinfães-Resende e Armamar-Tarouca

Peregrinação Jubilar ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa reuniu centenas de fiéis dos arciprestados de Cinfães-Resende e Armamar-Tarouca

 

No dia 19 de outubro de 2025, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa, em Sernancelhe, acolheu a Peregrinação Jubilar dos Arciprestados de Cinfães-Resende e de Armamar-Tarouca, um dos momentos marcantes deste Ano Jubilar da Esperança na Diocese de Lamego. A iniciativa congregou mais de duas dezenas de párocos, os dois diáconos permanentes de Cinfães e de Resende, e centenas de fiéis, que se deslocaram em dezenas de autocarros e viaturas próprias até ao histórico Santuário Mariano.

Depois da concentração inicial no recinto da missa campal, por volta das 10h00, teve início a Procissão Penitencial, liderada pelo símbolo jubilar da Âncora, sinal de esperança firme e segura, conforme o lema do Jubileu. À chegada ao Santuário, os sacerdotes colocaram-se disponíveis para o sacramento da Reconciliação, permitindo que muitos peregrinos pudessem cumprir um dos requisitos espirituais para a obtenção da indulgência jubilar.

Às 11h30, deu-se início à procissão rumo ao recinto da Eucaristia, acompanhada pelas bandeiras paroquiais das diversas comunidades, seguindo a ordem: Armamar, Tarouca, Cinfães e Resende. Num ambiente de fé e comunhão, teve então início o momento central da peregrinação, a celebração da Eucaristia, presidida por D. António Couto, Bispo de Lamego, que concelebrou com os numerosos sacerdotes presentes.

Na homilia, comentando as leituras do XXIX Domingo do Tempo Comum (Ano C), D. António começou por referir-se ao chuvisco leve que se fazia sentir como “um sinal de bênção e de diálogo entre Deus e o seu povo”, lembrando que “Deus fala também através de cada gotinha que cai, porque Ele está sempre próximo”. A partir da parábola da viúva persistente e do juiz iníquo, o Prelado sublinhou a força da oração perseverante e a escuta atenta de Deus: “Se até o juiz injusto acabou por abrir a porta à viúva pela sua insistência, quanto mais Deus escutará os seus filhos e filhas. Deus não demora a responder, mesmo que as suas respostas não venham pelo correio… Elas chegam ainda hoje, através da chuva, do vento, da Sua Palavra e do coração de cada um de nós.”

Referindo-se à passagem do Êxodo sobre Moisés e o combate contra Amalec, o Bispo lembrou que a vitória de Israel não dependia das armas, mas da oração: “Enquanto Moisés mantinha os braços erguidos para Deus, Israel vencia. Quando os deixava cair, Amalec triunfava. Assim também nós: enquanto rezamos, a vitória está do nosso lado. Quando deixamos de rezar, começamos a perder o combate.”

D. António destacou ainda que os “braços abertos” devem ser erguidos para Deus e estendidos para os irmãos, numa atitude de acolhimento e comunhão. Concluiu lembrando as palavras de São Paulo a Timóteo, realçando que a Palavra de Deus tem o poder de dar sabedoria e conduzir à salvação, exortando os fiéis a não deixarem “de escutar, de rezar e de levantar os olhos e as mãos para Deus”.

Durante a apresentação dos dons, além da Âncora Jubilar apresentada por Resende, foram oferecidos produtos simbólicos da produção local de cada concelho participante: Maçã (Armamar), Fumeiro (Cinfães), Cerejas (Resende) e Espumante (Tarouca). O ofertório foi dinamizado por grupos de escuteiros, representando as comunidades juvenis envolvidas na vida paroquial.

Após a celebração, os peregrinos partilharam um almoço-convívio nos espaços envolventes do Santuário, num clima de fraternidade e reencontro. Seguiu-se, às 15h00, um momento recreativo e cultural animado pelo Pe. Marcos Alvim e pelo grupo musical “Alvim & Os Esquilos”, que proporcionaram cânticos e animação espiritual, reforçando o espírito de alegria e comunhão que marcou todo o dia.

Com o agravamento da chuva ao final da tarde, a prevista Oração de Envio, agendada para as 16h30, foi substituída por um cântico de envio com dinâmica comunitária, sublinhando a mensagem final: “Só com o eu, o tu, o nós, o amor e CRISTO podemos fazer comunidade.”

A Peregrinação Jubilar ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa foi, assim, um momento de grande fé, comunhão e esperança, vivido intensamente por todos os participantes. Ficou patente o entusiasmo das comunidades paroquiais e o espírito jubilar que animou cada gesto e oração. Que a mensagem deste Jubileu da Esperança — ancorada em Cristo e alimentada pela oração e pela fraternidade — continue a frutificar na vida de todos os fiéis, fortalecendo a sua fé e renovando o compromisso de ser Igreja viva, em caminho e em comunhão.

Foi, sem dúvida, um dia de graça, de encontro e de bênção para todos os peregrinos da Esperança.

 

Diác. Eduardo Pinto, in Voz de Lamego, ano 95/46, n.º 4823, de 22 de outubro de 2025

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