Nos passados dias 10, 11 e 12 de fevereiro de 2018 decorreu no Seminário Menor de Resende uma coisa chamada “Convívio Fraterno” já ouviste falar? Bem, eu já tinha ouvido e mesmo assim continuava a estar longe de perceber o que isso era. Mesmo tendo crescido a ouvir o meu pai cantarolar “Vai pelo mundo mostrar a tua herança, ser Conviva da paz e do amor” estava muito longe de perceber o que isso era. E como acabaram de ler eu “estava muito longe” (no passado) porque já não estou!
Na primeira noite cheguei a esta casa como tantos outro chegam: insegura, desconfiada e com um pé atrás em relação a tudo isto, tinha porém uma grande curiosidade dentro de mim em relação àquele que seria o fim-de-semana mais feliz da minha vida (mesmo que ainda não o soubesse!)
Nunca ninguém me explicava o que era este “Convívio Fraterno” antes de o ter feito, nem pai, nem amigos, nem párocos, nada de nada, e eu que sempre fora curiosa por natureza ficava chateadíssima quando ouvia um “Quando fizeres verás” ou um “Ainda não tens idade, mas quando chegar a altura vais saber”. Agora posso ver o porquê de tanto mistério em torno desta experiência. O Convívio Fraterno não é algo possível de se descrever em palavras concretas mas se me pedirem para o fazer direi apenas uma: Amor. Amor? Que clichê! Pois, também eu julgava ser quando mo diziam mas agora sei que se trata da realidade.
Amor porque foi no CF 1349 que encontrei Aquele que mais e melhor nos ama, Aquele que verdadeiramente nos ensinou a amar, Aquele que nunca nos abandona mesmo quando nós o fazemos, e assim encontrei o meu melhor amigo que hoje sei que é Deus. E a maior prova que tenho do Seu Amor foi esta, foi a de me dar o privilégio de me encontrar não só com Ele como também com muitos novos amigos cheios do Seu amor pra dar e vender!
Hoje, no quarto dia é imensa a gratidão que tenho em relação a Ele que me entregou tudo pra viver mesmo quando se calhar eu não merecia. Sinto-me leve, numa tranquilidade sem fim, cheia de amor e pronta a distribuí-lo por onde quer que passe! Quero que este sentimento não tenha fim e que junto desta minha nova Família Conviva continue a descobrir a imensidão do Seu amor e o calor da Sua chama em cada um de nós.
A ti que estás a ler isto e que estás a pensar que o pessoal vem do convívio afetado da cabeça sugiro-te um desafio: vem também e verás que a nossa “doença” só tem um nome – AMOR, e como Deus é Amor aí tens a tua resposta. Desafia-te a ti mesmo a viver aquilo que nós vivemos e acredita que tudo mudará depois – pra melhor é claro, muito melhor!
Deus deu-me hoje 86 400 presentes (entre muitos outros): 86 400 segundos pra viver e por isso hoje percebo que é importante gastar pelo menos 1 pra lhe dizer nem que seja só uma palavra – Obrigada!
Marta Antunes – CF1349, in Voz de Lamego, ano 88/12, n.º 4449, 20 de fevereiro de 2018