D. António José Rafael, Bispo Emérito da Diocese de Bragança-Miranda, faleceu este domingo, em Bragança, aos 92 anos de idade.
Natural de Paradinha (11.11.1925), concelho de Moimenta da Beira (Diocese de Lamego), ingressou no Seminário de Resende em 1937, tendo sido ordenado presbítero em 22.08.1948.
Foi prefeito e professor de Latim e de Religião no Seminário de Lamego, administrador do jornal "A Voz de Lamego" e Oblato de S. Bento.
Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade de Salamanca, em 1954, foi nomeado vice-reitor do Seminário de Resende e cónego da Sé de Lamego.
Na nossa Diocese exerceu diversas funções pastorais, nomeadamente de Diretor espiritual do Movimento dos Cursos de Cristandade (1964) e colaborador do Congresso Eucarístico; delegado diocesano da Comissão Episcopal de Vigilância da Fé e presidente da Comissão Diocesana do Ano Santo e da Comissão dos Centenários.
Em 1976 foi nomeado pelo Papa Paulo VI, bispo auxiliar de Bragança e Bispo Titular de Budua, tendo a sua Sagração episcopal ocorrido na Sé de Lamego, em 13.02.1977. Acompanhado por D. Manuel de Jesus Pereira, entrou solenemente na Diocese de Bragança a 19.03.1977.
Na sequência do falecimento de D. Manuel de Jesus Pereira é eleito Vigário Capitular, ficando provisoriamente à frente dos destinos da Diocese. Em 01.03.1979, o Papa João Paulo II nomeia-o Bispo Residencial de Bragança-Miranda. Toma posse em 24.03.1979, na igreja de S. Francisco, em Bragança.
Ao longo do seu ministério, cujo lema preferido se centrou n'«A graça e a verdade por Jesus (cf. Jo 1,17)», o Prelado foi responsável pela projeção da nova Catedral de Bragança, que começou a ser construída em 1981, e foi dedicada a 07.10.2001, no seu último ano à frente da Diocese.
Resignou em 13.06.2001 tendo-lhe sucedido nessa ocasião, D. António Montes Moreira, e em 2011, D. José Cordeiro.
A Missa Exequial foi celebrada ontem, dia 30 de julho, às 16h00, na Sé de Bragança, tendo depois sido sepultado no átrio dos Bispos daquela Catedral.
À hora a que escrevemos este texto ainda não nos é possivel acrescentar dados sobre a celebração exequial. Certamente que, a seu tempo, algo mais será comunicado. E, mais do que isso, não deixarão de aparecer textos evocativops da sua vida e missão por parte de tantos que o conheceram tão bem e com ele camin haram em Igreja.
Agradecemos ao Senhor da Messe a vida, a vocação e apaixonada missão que D. António José Rafael protagonizou, rezando pelo seu eterno descanso.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/35, 4472, 31 de julho de 2018