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Visita Pastoral de D. António Couto à Paróquia de Antas

A visita Pastoral a esta paróquia de Antas, começou na Sexta-feira,  com um encontro de D. António com os crismandos das paróquias de Antas, Ourozinho e Souto, encontro este na matriz de Antas. Um momento intenso não só porque catequético mas acima de tudo porque, marcante e interpelativo para os cerca de 28 jovens presentes. De referir a proximidade de D. António pelas suas palavras, interpelações, desafios e mesmo pelo seu humor.

No Domingo, o momento alto desta visita pastoral com a celebração da Eucaristia e administração do Crisma. Depois de um acolhimento simpático no adro da Igreja, onde não faltaram os arcos e as flores, os esgares e os sorrisos, a surpresa e a proximidade, entramos na igreja matriz onde o grupo coral deixou no ar um “Benedictus qui venit in nomine domini”, condimento que ditaria a dignidade com que decorreu toda a celebração. Iniciada esta, um dos párocos deu as boas vindas a D. António, salientado que esta paróquia e o espaço que pisamos é carregado de história e de Fé. Dólmens, menir, lagaretas do período romano, sepulturas medievais, testemunham este caminho já tão longo daqueles que foram os nossos antepassados. Quatro capelas que se distribuem pelos diferentes lugares da freguesia, uma delas provavelmente do início da nacionalidade, outra com um fresco do século XVI, riquíssimas alfaias litúrgicas, lavradas em prata, testemunham a intensidade da fé e da dádiva a Deus do que mais caro se possuía.

Esta saudação sublinhou ainda palavras retiradas do documento preparatório enviado pelo nosso bispo para as visitas pastorais: “A mim como vosso bispo, compete-me através da Visita Pastoral, ser no meio de vós a transparência pura de Jesus Cristo, e ajudar a encher de mais amor e alegria a família de Deus”. Na reflexão que nos proporcionou, nas suas palavras e nos seus gestos D.António foi efectivamente esta transparência de Jesus Cristo, encheu de mais amor e alegria esta parcela da família de Deus.

Ao terminar da celebração os então crismados quiseram entregar uma prenda ao bispo que os crismou, acompanhada de um desafio: “Nós, jovens hoje crismados, queremos oferecer-lhe esta simples prenda. Não é para pagar nada, pois estes momentos não têm preço. É acima de tudo para que quando a olhar se lembre de nós, reze por nós, para que que a marca que hoje desenhou em nossa fronte, atinja o nosso coração e nos faça testemunhas da verdade, do bem, de Deus, sempre e onde quer que nos encontremos”.

Dada a proximidade do cemitério, colado ao adro da igreja, houve tempo par um momento de oração, pelos que adormeceram em Cristo, pelos que choram a morte de alguém querido, por todos os que ainda peregrinamos neste mundo.

Que ao momento vivido não falte o compromisso, que à solenidade não falte a dignidade das nossas vidas, que a alegria deste dia não esgote o anseio de procurarmos sempre a Eterna Fonte da Alegria.


Os Párocos, in Voz de Lamego, ano 88/43, n.º 4481, 16 de outubro de 2018

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