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Saudação ao Pe. Vítor Carreira na entrada nas Paróquias

“A minha paróquia é uma paróquia como qualquer outra”. É com esta frase que Georges Bernanos inicia o romance  “Diário de um pároco de aldeia”. Queria começar exatamente ao contrário – as nossas paróquias, são mesmo melhores do que quaisquer outras. Bem, pelo menos aos nossos olhos.
Rev.mo sr. Provigário-geral, pe. João Carlos, obrigado por ter vindo e por ser a presença do nosso bispo na nossa comunidade. A ele lhe asseguramos reverência e obediência no cuidado pastoral que vamos realizando.

«Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração» (Jer 3, 15).

Com estas palavras do profeta Jeremias, Deus promete ao seu povo que jamais o deixará privado de pastores que o reúnam e guiem: “Eu estabelecerei para elas (as minhas ovelhas) pastores, que as apascentarão, de sorte que não mais deverão temer ou amedrontar-se” (Jer 23, 4). Pastores Dabo Vobis, nº1, (25/03/1992). Notem que a sorte nem é só das ovelhas, nem só dos pastores e só se realiza na comunhão entre ambos.
Pe. Vitor, à semelhança de Jesus na sinagoga de Nazaré, também em ti estão fixos os nossos olhos. É Jesus que procuramos e é de ti que esperamos indicações para nos deixarmos encontrar por Ele. Obrigado pela tua vocação, pelo teu sim dado na ordenação sacerdotal e aqui concretizado junto deste povo.

Queridos paroquianos. Envolve-nos um misto de sentimentos. Temos saudades do pe. Bráulio e de sacerdotes que por aqui passaram. Os padres são um pouco como os lugares que nos marcam. Não são substituíveis porque cada um tem a sua identidade própria. Habituamo-nos a gostar deles pelo que são, mais do que por qualquer outra razão. Apesar desta saudade, não deixamos de experimentar também uma certa nostalgia do futuro. Uma ânsia de novidade, onde, através de uma pastoral de gestação, sejamos capazes de criar condições para a “propagação da fé por atração”, através do contágio do amor, como refere Sua Santidade o Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial das Missões que viveremos de hoje a oito dias. Continua o santo padre: “É necessário diluir fronteiras, cancelar margens e distâncias e reduzir as diferenças”.

Irmãs e irmãos. Quando Martin Luther King, pastor protestante, quis alertar para a falta de direitos civis nos Estados Unidos da América, começou por dizer, a 28 de Agosto de 1963, diante de milhares de pessoas: “I have a dream” – Eu tenho um sonho. Os vossos párocos não têm um sonho. Querem apenas ser instrumentos para Deus concretizar o seu sonho para este povo. Mas este sonho de Deus precisa de todos para ser concretizado. Ninguém está dispensado. Ninguém está fora de jogo. Ninguém deixará de ser convocado.
Concluo esta admonição dando voz a Dom António Francisco, bispo do Porto, que nos acompanha a partir do Céu: “Não devemos ter medo da bondade. Só pela bondade aprendemos a fazer do poder um serviço, da autoridade uma proximidade e do ministério uma paixão pela missão de anunciar a alegria do Evangelho”.

Que não nos falte o tempo, a prudência e o tato para recordarmos a todos que cada um de nós vale o sangue de Deus e que a celebração deste mistério há de ser a fonte e o cume de toda a vida cristã desta comunidade paroquial.
Que a alegria aqui hoje sentida se perpetue pelo tempo em que compartilharemos a missão! Obrigado por tudo o que nos concedeis e pela comunidade que constituis.



Pe. Jorge Giroto, in Voz de Lamego, ano 88/44, n.º 4481, 16 de outubro de 2018

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