De 27 de Julho a 1 de Agosto, elementos de várias gerações do Grupo de Jovens da Sé colocaram-se a caminho do local onde tudo começou: Santiago de Compostela. De facto, quem passa pelo GJS habituou-se a ouvir falar da JMJ de 1989 em Santiago como marco “fundador” da acção dos jovens na paróquia. Nada mais adequado que 30 anos depois o grupo regressasse às origens, caminhando uns com os outros e com Aquele que nos chama a caminhar.
Em Valença do Minho iniciámos os 6 dias e mais de 120km de peregrinação em que tivemos oportunidade de experimentar vários momentos de entusiasmo e partilha, silêncio, reflexão e oração e também os cansaços e desânimos que as dores do Caminho podiam, por vezes, provocar. No fundo, tudo aquilo que caracteriza a nossa caminhada como cristãos, quer no grupo de jovens, quer no dia-a-dia, fez-se presente ao longo do Caminho.
Passando por Tui, Porriño, Redondela, Pontevedra, Caldas de Reis e Padrón fomos constantemente surpreendidos pela beleza dos caminhos que percorremos e pela cumplicidade de tantos outros peregrinos com quem nos cruzámos, expressa num simpático desejo de “buen camino”.
Nada que nos pudesse preparar para a chegada à Catedral. As emoções profundas que nos atingiram quando nos sentámos diante da fachada imponente da Catedral de Santiago, durante os rituais tradicionais de abraço à estátua de São Tiago e visita ao Túmulo do Apóstolo, bem como na Missa do Peregrino, fizeram-nos regressar não tanto com uma ideia de caminho concluído, mas com a certeza de que o Caminho continua, sempre uns com os outros e com o Senhor que nos chama e acompanha em cada passo.
Grupo de Jovens da Sé, in Voz de Lamego, ano 89/35, n.º 4523, 27 de agosto de 2019