-1- Mais um livro sobre D. António Francisco. É o terceiro.
O imperativo de continuar viagem e «caminhar com D. António» nasceu do povo imediatamente após o seu falecimento. Parados e sentados no mesmo lugar, não se chega a lado nenhum. Guiados pelos ruídos dos seus passos e sombra da sua imagem, continuamos a caminhar, de olhos no Além, na difusão da sua mensagem e vivência da nossa missão.
A frase e a mensagem deram agora título ao livro «Caminhando com Dom António», obra que evoca o homem, o sacerdote e o bispo, a sua memória, as suas virtudes e os seus atos.
Tudo ainda muito vivo, tudo ainda muito presente.
E são todos a dizer a mesma coisa, os pequenos, os pobres e os humildes, ou os grandes, os ricos e poderosos.
A todos ele marcou. Em todos deixou a semente da fé. Não sou eu que digo. São eles. Os tocados. Aqueles muitos que mesmo no silêncio das suas casas e nos caminhos das suas vidas caminham também com D. António.
-3- Apresentação da obra.
Da autoria do Dr. Bernardo Correia de Almeida o livro foi apresentado no dia 11 de setembro pelo Pe. Jorge Cunha, Pároco de S. João da Foz e eminente teólogo, numa sala do Palácio da Bolsa do Porto em memória do 2º aniversário do falecimento de D. António na manhã do dia 11 de setembro de 2017. A sala encheu-se às 21h00 com gente do Porto, Lamego, Cinfães e Aveiro; foram momentos evocativos de saudade, história e memória numa sessão com elevada qualidade conduzida pelo Sr. Padre Adriano, Pároco de Tendais e «alma mater» do evento e que o Sr. D. Manuel Linda, bispo do Porto encerrou dizendo (…) « o Sr. D. António Francisco é já o nosso valioso cartão de visitas».
No domingo, dia 15, às 16h00, na biblioteca municipal de Cinfães teve lugar a apresentação do mesmo livro. Com o anfiteatro praticamente cheio constituíram mesa de honra O Sr. D. António Couto, bispo de Lamego, O Sr. Armando Mourisco, Presidente da Câmara municipal, o Sr. Pe. Adriano, pároco de Tendais, o nr. Padre Jorge Cunha pároco de S. João da Foz e o autor da obra Dr. Bernardo Correia. Nesta sessão com agrado ouvimos o apresentador afirmar que D. António Francisco é hoje património religioso, humano e cultural não só da sua terra, mas também de todas as terras por onde passou e nelas deixou a semente da bondade, da fé, da esperança e da caridade que o mesmo é dizer do amor e da paz.
-4- Dou agora e aqui os parabéns ao autor, pela qualidade literária da forma e magnífica seleção dos conteúdos, e ao Sr. Padre Adriano Pereira pelo trabalho que desenvolveu e por mais este instrumento pastoral que tem ao seu dispor e de que, por cedência do autor a paróquia passa a ser titular.
Esta singela reportagem finaliza com as sábias e oxalá que proféticas palavras de D. António Couto ao encerrar a sessão, citando a língua hebraica e brincando com ela (…) «eu não encerro a sessão, as portas não se encerram, são para estar e ficar abertas, sempre abertas».
Agora, D. António Francisco, «as portas estão abertas», não mais vão ser fechadas e nós entrando e saindo por elas, vamos continuar a caminhar e contigo fazer a nossa viagem e cumprir a nossa missão.
Adão Sequeira, in Voz de Lamego, ano 89/39, n.º 4526, 18 de setembro de 2019