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Conselho de Presbíteros atentos à realidade que somos e seremos

1. Na manhã do dia 08 deste mês, no Seminário de Lamego e sob a presidência de D. António Couto, reuniu o Conselho de Presbíteros (CP) da nossa diocese. Como tema central, a redefinição dos espaços pastorais, atendendo às circunstâncias e meios existentes.

2. Após a oração inicial, antes da ordem do dia, o CP assumiu como importante que a Cúria diocesana tenha conhecimento da realidade financeira das paróquias e das instituições de solidariedade social, nomeadamente quando há encargos (empréstimos). Importante será também, no que respeita aos centros sociais, ter conhecimento dos serviços prestados, do âmbito territorial da sua ação, dos postos de trabalho existentes, etc.  

3. A vontade de cumprir a missão recebida do Senhor e o desejo de manter uma proximidade humana que valorize todos são realidades sempre assumidas pelo nosso presbitério. Por outro lado, não pode esconder-se uma desertificação que atinge as nossas paróquias, o envelhecimento crescente da população ou a diminuição de sacerdotes.
Atendendo às circunstâncias atuais e às que se anteveem, este Conselho sugere:
- que a dimensão populacional tenha prioridade sobre a dimensão territorial na organização eclesial diocesana;
- que os paroquianos possam ir sendo informados das (im)possibilidades da diocese em manter as estruturas existentes;
- que a formação dos fiéis leigos seja promovida, quer na paróquia, quer na zona pastoral ou arciprestal, por forma a colmatar possíveis e previsíveis ausências de pároco;
- que os párocos promovam uma maior comunhão pastoral, por forma a um enriquecimento mútuo e originando uma benéfica complementaridade pastoral;
- que as Visitas Pastorais sejam precedidas de uma reunião da respetiva zona pastoral/arciprestado que facilite o conhecimento da realidade eclesial local, auxilie no contato com os paroquianos e contribua para a tomada de decisões;
- que as reflexões e sugestões dos arciprestados sejam promovidas e tidas em conta aquando das nomeações. Os arciprestados, pelo conhecimento que têm da realidade local, podem e devem sugerir mudanças que privilegiem a missão e atendam aos recursos existentes;
- que se aproveitem as mudanças de párocos para promover as alterações julgadas necessárias.

4. O nosso bispo, em jeito de conclusão, alertou para a necessidade de fazermos acontecer o futuro, a sermos pró-ativos, e lembrou que o mais importante são as pessoas. Nesse sentido, é importante promover a proximidade, o anúncio, oferecer formação, apostar em grupos e pessoas e aumentar o número dos colaboradores mais diretos, já que muito podem contribuir para a vida e ritmo eclesiais.

Padre Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 89/47, n.º 4534, 12 de novembro de 2019

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