A tarde do dia 24 de novembro foi um momento bastante preenchido na nossa Igreja Catedral, pois convergiu nesse domingo três celebrações: a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo - Rei do Universo, o dia da Dedicação da nossa Igreja Catedral e a Ordenação de um Diácono Permanente. Esta celebração congregou diocesanos de diferentes comunidades paroquiais da nossa Diocese, principalmente do “lado mais ocidental da nossa Diocese” (D. António Couto). Teve a presença do clero diocesano de Lamego e de clero oriundo de outras dioceses (Porto) como expressão de comunhão eclesial.
Neste domingo de Cristo-Rei como já é costume celebramos sempre a Dedicação da nossa Igreja Catedral (a Dedicação da nossa Igreja Catedral que ocorreu a 20 de novembro, mas que habitualmente é “diferido” para o domingo da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo), como referiu o nosso bispo no inicio da sua homilia: “A nossa amada Igreja de Lamego assinala hoje a Dedicação desta Casa-mãe a Deus, nosso Pai, a quem foi solenemente entregue a 20 de novembro de 1776… mas já antes, desde tempos bem remotos, aqui se reuniam os seus filhos… à escuta da sua Palavra, à fração do Pão, à comunhão e à oração”.
No dia em que celebrámos a dedicação da nossa Igreja Catedral também celebrámos a dedicação de uma vida ao serviço de Deus e da Sua Igreja, através de uma ordenação para diácono permanente. O diaconado “como grau próprio e permanente” da hierarquia sagrada da Igreja foi um dos frutos do Concílio Vaticano II (1962-1965) que restaurou o diaconado permanente.
Neste caso concreto foi conferido este grau do sacramento da Ordem ao Marco António Vasconcelos Cardoso, filho de António Pereira Cardoso e de Glória Vasconcelos de Miranda, casado com Cristina Susana Pinto Cardoso tendo dois filhos: Inês e o Lucas. Colaborando pastoralmente nas comunidades paroquiais de Santiago de Piães e S. Cristóvão de Nogueira (zona pastoral de Cinfães). Depois de ter completado um processo de formação aproximadamente de quatro anos, chegou o momento de dedicar a sua vida ao Senhor da Messe. Tendo como horizonte aquelas palavras proferidas pelo bispo na ocasião da entrega do Evangeliário: “Recebe o Evangelho de Cristo, que tens missão de proclamar. Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas”. Na homilia o nosso bispo dirigiu ao Marco as seguintes palavras: “O diácono, fortalecido com os dons do Espírito Santo, tem por missão ajudar o Bispo e o seu presbitério no serviço da palavra, do altar e da caridade, mostrando-se como servo de todos”. O imperativo da vida do Marco a partir da sua ordenação é o serviço, estando já implícito no termo diácono que é uma palavra oriunda do grego que significada servo.
Ao Diácono Marco e a sua família desejamos as melhores felicidades e pedimos a intercessão de S. Sebastião e St. Agostinho (nossos padroeiros diocesanos) diante de Jesus, Rei-Diácono, pelos bons frutos do seu ministério diaconal. Por fim, neste domingo cheio a nossa Diocese exultou de alegria.
Pe. Ângelo Santos, Pastoral Vocacional,
in Voz de Lamego, ano 90/01, n.º 4536, 26 de novembro de 2019