“Vinde e descansai um pouco”. Ao conselho do Mestre, mais uma vez, umas dezenas de sacerdotes da nossa diocese de Lamego se reuniram na Casa Kolping de Portugal de 13 a 16 de janeiro de 2020, para orar, meditar, partilhar, celebrar, conviver e descansar das múltiplas atividades paroquiais.
Para ajudar nesta tarefa veio até nós o senhor D. Amândio José Tomás, Bispo Emérito de Vila Real.
Homem de vastos conhecimentos bíblicos que maneja com a facilidade de quem estudou profundamente a Palavra de Deus, pois é licenciado em Teologia Dogmática e Ciências Bíblicas e foi Reitor do Pontifício Colégio Português em Roma. Lecionou durante alguns anos no nosso Seminário Maior de Lamego pelo que é conhecido por muitos dos que participaram neste retiro.
A sua exposição foi motivo de reflexão intensa e inovadora pela sua expressão fácil, entusiasta e de um ótimo relacionamento humano.
O tema que nos ocupou foi oportuno e necessário nestes dias em que muitos acontecimentos nos dispersam do que é essencial na nossa vida de membros inseridos no povo de Deus que espera de nós apoio e orientação para a vivência do seu cristianismo quotidiano, “em caminho, em comunhão”. Não se pode dar água se a jarra não está cheia.
O pregador exortou os padres de Lamego a centrar toda a sua vida e esforços no conhecimento, obediência e seguimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, Rosto do Pai, Esposo Divino, Supremo Mediador, Único e Eterno Sumo-sacerdote que se ofereceu por nós, sendo nosso exemplo e nos amou primeiro, pedindo-nos a Fé e adoração para termos a vida em seu nome.
Na segunda-feira, dia 13, fez uma abordagem ao tema, apresentando Jesus como “tudo para nós”, revelador do Pai, apelando a nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo que recebemos na Ordenação pela imposição das mãos.
Na terça-feira, dia 14, apresentou o testemunho de João Batista e o chamamento e seguimento dos discípulos.
De tarde, desenvolveu o significado das Bodas de Caná (Jo.2,1-112) com os símbolos da água, do vinho, e do sangue, à luz do grande sinal da Ressurreição de Jesus e dos outros sinais que o Evangelho de João refere.
Na quarta-feira, dia 15, de manhã, falou do Sumo Sacerdócio de Cristo na Carta aos Hebreus e de tarde abordou o tema do arrependimento, do perdão e da misericórdia no Novo Testamento.
Na quinta-feira, dia 16, de manhã, desenvolveu o tema da Páscoa da Libertação e condescendência de Deus.
O senhor D. Tomás terminou dizendo, como palavra final e conselho à maneira de Paulo:
“Que o Senhor Jesus ressuscitado, entronizado à direita do Pai, Intercessor Supremo, e Único Eterno Sumo-sacerdote, vos console, ajude, vos fortaleça, vos dê coragem, força para poderdes falar d’Ele, testemunhá-l’O ao povo que vos foi confiado, tornando-vos modelo d’Ele.”
O retiro terminou com a Eucaristia presidida pelo nosso Bispo D. António Couto que agradeceu a ajuda prestada pelo Pregador do retiro, pelo entusiasmo que transmitiu e pela oração que elevou ao céu pelos participantes.
Pe. Artur Mergulhão, in Voz de Lamego, ano 90/08, n.º 4543, 21 de janeiro de 2020
