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Realizou-se, no passado sábado, a reunião plenária do Conselho Pastoral Diocesano (CPD).

Após um período de oração e invocação do Espírito Santo, sem o qual nada nos seria possível realizar, foram cumpridos os procedimentos habituais de leitura e aprovação da ata da reunião plenária anterior.

Conscientes do hercúleo trabalho que é a Evangelização, nos nossos dias e na nossa sociedade, as preocupações desta reunião foram centradas essencialmente em dois pontos: a avaliação do ano pastoral em curso e as dificuldades pastorais diocesanas de maior revelo.

A análise do que já foi feito centrou-se na Assembleia de Paróquias e na Caminhada do Advento proposta no plano pastoral. Dois acontecimentos cujo objetivo de realização e alcance foi largamente ultrapassado. Foi salientada a importância de fazer acontecer a Assembleia de Paróquia anualmente, na medida em que, se revelou o ambiente ideal para partilha de dificuldades e sucessos, aprender com quem faz diferente e consegue encontrar alternativas aos obstáculos, sem nunca desistir.

A maior dificuldade pastoral diocesana encontrada e debatida foi a complexidade em levar as pessoas às Igrejas e a participar nas atividades das paróquias.

“Somos sempre os mesmos, somos sempre poucos” … foi a frase mais dita durante esta análise. Não só pelos membros vindos da Mêda e Foz Côa, mas também por membros do Clero que encontram dificuldades em conseguir reunir, debater, organizar eventos e ações com outros membros do Clero e grupos paroquianos e/ou diocesanos.

Estes problemas não acontecem só entre os leigos não participantes habituais na Eucarística. Acontecem onde não seria de esperar, nos grupos paroquiais que muitas vezes criam ‘nichos’ onde ninguém pode entrar e, entre os próprios padres, que por vezes não colaboram com as estruturas da diocese tentando ‘viver numa ilha’.

Foi relatado um caso em que, numa paróquia, a Caminha do Advento foi organizada pelos fiéis sem qualquer divulgação ou ajuda por parte do seu pároco.

Não são problemas novos, nem recentes, nem são poucos… é necessário trabalhar muito, mudar mentalidades, fazer com que os crentes mudem as suas prioridades para com o próximo, para Jesus.

Na perspetiva de combater estas e outras questões, o CPD decidiu aumentar a frequência da realização destas reuniões plenárias e, criar mecanismos para diminuir as ausências dos respetivos membros nas mesmas.

Tudo e sempre na esperança de conseguir trabalhar mais e melhor para louvor e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.



Raquel Assis, in Voz de Lamego, ano 90/09, n.º 4544, 28 de janeiro de 2020