A Igreja celebra o Dia Mundial de Doente, no dia 11 de fevereiro, dia litúrgico de Nossa Senhora Lourdes. O Papa Francisco, na sua mensagem para este dia, propôs-nos como lema as palavras de Jesus “vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos” (Mt 11, 28). Nestas palavras, Jesus quer recordar tantos homens e mulheres que percorriam as estradas da Galileu: “gente simples, pobres, doentes, pecadores, marginalizados” (n. 1). Na celebração do dia do Doente, os mais frágeis são aqueles cuja doença e idade os coloca entre os “cansados e oprimidos” a merecer o olhar e o coração de Jesus. É Ele, Jesus, que convida a ir ao seu encontro: “Vinde”. N’Ele encontramos a força para ultrapassar as inquietações e interrogações que nos surgem em tantas noites vividas no nosso corpo e no nosso espírito. Sem nos deixar receitas, Jesus, com a sua paixão, morte e ressurreição, liberta-nos da opressão e do mal. E propõe-nos a Igreja como a estalagem do Bom Samaritano, onde celebramos pelos sacramentos da Santa Unção a cura pela Misericórdia de Deus (cf nn. 3 e 4).
Neste contexto, de uma Igreja próxima dos mais frágeis e débeis, o Departamento da Pastoral da Saúde realizou a celebração Diocesana do Dia Mundial do Doente, no dia 9 de fevereiro, na zona arciprestal de Tarouca. O fato, de todos os anos, se escolher uma zona pastoral, tem como objetivo celebrar comunitariamente, nesse arciprestado ou zona pastoral, o Sacramento da Santa Unção, unindo na mesma celebração as diversas paróquias com os seus doentes, idosos, famílias e cuidadores. A celebração neste dia, teve a preciosa ajuda e colaboração dos responsáveis e técnicos da Santa Casa de Misericórdia e dos movimentos da Paróquia de S. Pedro de Tarouca.
Por volta das 15 horas as diversas pessoas idosas e doentes, juntamente com as suas famílias e cuidadores, reuniram-se no Centro Paroquial de Santa Helena da Cruz – Tarouca, para participarem na Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo D. António Couto. Na homilia, o nosso Bispo reforçou o papel da Igreja e dos seus agentes pastorais na proximidade dos mais frágeis sendo alívio na dor e sofrimento. “No sofrimento ou quando estamos hospitalizados, um abraço vale mais do que um comprimido”. A linguagem do afeto é a que melhor nos torna próximos daquele que sofre. Quando a palavra não chega ou não consegue ser conforto, o gesto, o toque é a melhor expressão do Amor de Deus. Os cuidadores e as famílias cristãs são chamados a serem transmissores do gesto amoroso de Deus.
Na celebração da Eucaristia foi administrado o sacramento da Santa Unção dos Doentes, um momento cheio de beleza, graça, fé e emoção vivido por todos os doentes, intensificado pelas vozes suaves e poéticas do grupo coral. O dia terminou com uma pequena confraternização servido com a preciosa ajuda dos cuidadores da Santa Casa de Misericórdia de Tarouca. Todos saíram mais enriquecidos desta celebração e a compreender melhor o sentido de uma Igreja, como Hospital de campanha, que tantas vezes o Papa Francisco nos desafia a ser. Igreja próxima dos mais fracos e vulneráveis. Agradecemos a presença de todos e o empenho que a comunidade paroquial de Tarouca depositou nesta vivência do Dia do Doente.
Departamento Diocesano da Pastoral da Saúde
in Voz de Lamego, ano 90/11, n.º 4546, 11 de fevereiro de 2020