Foi nos passados dias 21, 22, 23 e 24 de fevereiro que no Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, em Resende, decorreu mais um episódio do movimento Convívios Fraternos, o Convívio Fraterno 1400 no qual participei passando a fazer parte da família de “Laranjinhas” da Diocese de Lamego como carinhosamente nos chamamos.
Desde fevereiro de 2016 aquando a minha irmã se tornou conviva que venho sido convidada a participar num convívio, a minha resistência era enorme, o secretismo não era de todo uma atração ao contrário do que é para a maioria das pessoas que dizem “Vim para ver o que aqui se passa já que ninguém conta o que se passam nestes 3 dias!”, eu não ia porque não tinha vontade, para mim não fazia sentido ir só porque sim, para ver o que se passava, e hoje entendo o porquê. Jesus chama-nos na hora certa, no momento em que nós efetivamente precisamos de Cristo. Sempre fui crente em Deus, nasci e cresci numa família católica, mas ainda assim há momentos que O precisamos de sentir mais de perto e nestes três dias entendi o porque de Jesus me ter chamado a viver o Convívio 1400 e não outro qualquer.
São três dias em que habitamos com Jesus, que partilhamos momentos tal e qual partilhamos com a nossa família e amigos no nosso dia-a-dia. Três dias em que podemos encarar como sendo dias passados com alguém que amamos e não vemos frequentemente, três dias com alguém que vive longe e nós vamos visitar, que queremos por a conversa em dia e reavivar o nosso amor para que a chama não se apague e acima de tudo seja reforçada. Três dias que passam a voar cheios de sentimentos de amor, felicidade, partilha, e muita conversa (interior). Basicamente, e à semelhança de quando visitamos amigos dos quais gostamos e visitamos poucas vezes, três dias que passam a voar mas com a diferença de que trazemos Jesus connosco na “bagagem” e bem mais vivo no nosso coração, e não O deixamos no aeroporto a dizer-nos “Até à próxima!”.
Tatiana Loureiro, CF 1400, in Voz de Lamego, ano 90/14, n.º 4549, 3 de março de 2020
