Num contexto pandémico, e em plena quadra natalícia, época que desperta sentimentos nobres como a solidariedade, fundamental para o exercício do voluntariado, uma mesa redonda, que juntou instituições locais e nacionais, permitiu a troca de experiências, de histórias e, no fim, constatou-se que, nos tempos que vivemos, o voluntariado é ainda mais importante.
“Lamego Voluntária em tempos de COVID-19” foi o tema de partida para uma tarde dedicada ao debate sobre o voluntariado. Com participantes a assistir no Auditório da Obra Kolping, em Lamego, e muitos outros assistir através da transmissão online que a organização ofereceu, a iniciativa resultou numa profícua troca de experiências e na partilha de vivências do voluntariado em tempos de pandemia, que, como o moderador da mesa, Cónego Dr. João Morgado, antecipava na abertura, seria um momento enriquecedor, de alento e metodologia num contexto atípico.
Organizado pelo CLDS 4G Lamego ComTigo, em parceria com a Obra Kolping de Portugal, Delegação de Lamego da Cruz Vermelha e do Município de Lamego, Catarina Ribeiro, Coordenadora do ComTigo, explicou que um dos objetivos do CLDS é o reforço da rede social do concelho e, por essa razão, entendeu organizar esta mesa redonda, juntando as associações, que aceitaram o convite e participaram em grande número, o que demonstra a determinação e o espírito voluntário.
Na sessão de abertura, José Manuel Santos, Presidente da Obra Kolping, enalteceu o esforço de todos para que esta iniciativa acontecesse e destacou, com especial relevância, o espírito solidário de todos os que se disponibilizam para ajudar o próximo. Defendeu que esta iniciativa deixará a sua marca, acreditando que servirá para que se continue empenhado na ação voluntária, cada vez mais importante.
Já Ângelo Moura, Presidente da Câmara Municipal de Lamego, destacou a motivação que move os voluntários: o sentimento e a satisfação de ao final do dia terem oferecido um pouco de si a quem mais necessita. O autarca explicou ainda que nunca é demais reconhecer a importância do trabalho em prol da comunidade, especialmente nos dias difíceis que se enfrentam hoje em dia. Seguiram-se as intervenções das instituições participantes, momentos únicos, contados na primeira pessoa, que clarificaram os desafios e dificuldades do voluntariado, numa perspetiva única, ou seja, através dos olhos de quem o faz e coordena.
No encerramento da sessão, Ana Catarina Rocha, Vereadora com o Pelouro da Ação Social da Câmara Municipal de Lamego, reconheceu a importância do voluntariado numa época difícil, marcada pela pandemia, defendendo que o voluntariado em Lamego desempenha um papel fundamental no reforço da coesão social dos territórios e convidou todos os que possam juntar-se ao trabalho voluntário, pois, como disse, todos são poucos para responder às necessidades.
A iniciativa contou com a participação da Associação dos Amigos do Povo de Timor Lorosae, Associação de Geminação Lamego – Bouchemaine, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lamego, Banco Alimentar Contra a Fome, Câmara Municipal de Lamego, Cáritas Diocesana de Lamego, Cáritas Portuguesa, Centro Social e Paroquial de Cambres, Centro Social e Paroquial de Lalim, Conferências Vicentinas da Paróquia de Almacave, Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Lamego da Cruz Vermelha, Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, Liga dos Amigos do Hospital de Lamego, Liga dos Combatentes - Núcleo de Lamego, Liga Portuguesa Contra o Cancro – Delegação de Lamego, Museu de Lamego, Obra Kolping Portugal, Santa Casa da Misericórdia de Lamego e Universidade Sénior Jerónimo Cardoso.
O CLDS 4G “Lamego Com_Tigo” é cofinanciado pelo PO ISE, Portugal 2020 e União Europeia, pelo Fundo Social Europeu, tendo como organismo intermédio o Instituto da Segurança Social. A Obra Kolping de Portugal é a promotora do projeto, tendo o Município de Lamego como parceiro.
João Silva, in Voz de Lamego, ano 91/07, n.º 4589, 22 de dezembro de 2020