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Celebrações do Tríduo Pascal presididas pelo nosso Bispo

O centro da fé cristã, da vida litúrgica e dos cristãos é a Páscoa.
Há um ano, num confinamento mais restritivo, as celebrações realizaram-se com uma dezena de pessoas, para assegurar leituras, cânticos e alguns dos gestos que enriquecem cada dia do Tríduo Pascal. Foi assim na Sé, a Igreja Mãe da Diocese de Lamego, e foi assim nas paróquias, prevalecendo então a transmissão telemática das cerimónias religiosas para que outras pessoas pudessem acompanhar, em suas casas, comungando espiritual com os celebrantes.
Em 2021, estamos em processo de desconfinamento. As celebrações comunitárias regressaram no passado dia 15 de março, o que possibilitou a celebração da Solenidade de São José e agora da Semana Santa.

Como habitualmente, o Sr. Bispo presidiu a partir da sua sede ao Tríduo Pascal.
Na manhã de quinta-feira, a Missa crismal, com a bênção dos óleos dos catecúmenos e da unção dos doentes e consagração do óleo do Crisma. Estes santos óleos serão depois levados para as paróquias, para administração dos sacramentos do Batismo, da Unção dos Doentes e do Crisma. Como sublinhou D. António Couto, somos ungidos no Espírito Santo, para sermos novas criaturas, para sermos outros Cristos, sacerdotes e leigos, e recebermos a verdadeira vida que nos é dada por Deus, não apenas a vida biológica, mas a vida divina.

Na Missa crismal, a presença dos sacerdotes, à volta do seu Bispo, para renovarem as promessas que fizeram no dia da sua ordenação sacerdotal, é dia para tomar consciência da identidade sacerdotal e diaconal, cujo Bom Pastor, Jesus Cristo, é a referência permanente e o paradigma da consagração sacerdotal e do nosso ministério. Tradicionalmente, neste dia, reza-se pelos sacerdotes falecidos e pelos que estão doentes, e colocam-se em destaque os que completam 25 ou 50 anos de sacerdócio. Assim, em ação graças, rezamos especialmente pelo Pe. Paulo Jorge Pereira Alves, natural de Penude, nas Bodas de Prata Sacerdotais, e por D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, natural de Vila da Rua, Bispo Emérito de Lamego, nas Bodas de Prata Episcopais.

Pela tarde, a celebração da Missa vespertina da Ceia do Senhor e a Comunhão Pascal da Paróquia da Sé. A Ceia do Senhor faz-nos reviver a Instituição da Eucaristia e o gesto luminoso do Lava-pés, este ano sem o Lava-pés propriamente dito, devido às contingências da pandemia, mas com a narração do Evangelho de São João que narra este episódio. Quem quiser ser o primeiro seja o primeiro e o servo de todos. Vistes como Eu vos fiz, diz Jesus aos Apóstolos, fazei-o vós também uns aos outros. D. António lembra-nos que não importa tanto o que se faz, mas como Jesus faz. “O segredo é dar a vida por amor, para sempre, para todos. Jesus é o único Mestre que ensina a Viver desta maneira. E é assim que fica bem à nossa vista o significado da instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e da Caridade”.

Vale a pena reter as palavras do Senhor Bispo, nas pistas de reflexão que nos serve, na Mesa de Palavras, para este dia: “Que o Senhor da nossa vida nos ensine a ser fiéis ao seu dizer e ao seu modo admirável de fazer. Esta Quinta-Feira é Santa: / Sabe a Deus, / Sabe a pão, / Sabe a alegria, / Sabe a Eucaristia! / Esta Quinta-Feira é Santa: / Sabe a amor, / A dádiva da vida, / A uma lágrima comovida. / Esta Quinta-Feira é Santa: / Sabe a Ceia / E a Jesus, / Luz grande que incendeia / As trevas do coração, / E faz nascer amor e comunhão”.

Pelas 15h00 de Sexta-feira Santa, a Adoração da Santa Cruz, a celebração da Paixão do Senhor. A celebração iniciou com a prostração, no chão, do Sr. Bispo e dos Srs. Vigários Gerais, num gesto de despojamento, de humildade, diante d’Aquele que Se abaixou até ao chão, por ti e por mim, por nós, por amor. Seguiu-se a Liturgia da Palavra, culminando com a proclamação do Evangelho da Paixão segundo São João.

A Cruz levanta-se da terra. Levantemos o olhar, e adoremos, como sublinhou o nosso Bispo, com amor, a Santa Cruz do nosso único Senhor.
Na oração Universal, foi acrescentada prece específica em relação à pandemia.

“Oremos por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a saúde aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todos as vítimas mortais. / Deus eterno e omnipotente, único refúgio daqueles que sofrem, ouvi benignamente a aflição dos vossos filhos que sofrem esta pandemia; aliviai a dor aos que sofrem, dai força a quem está a seu lado, acolhei na vossa paz os que já pereceram e, para todo este tempo de tribulação, fazei com que todos encontrem o auxílio da Vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R/. Amém”.
A adoração da santa Cruz esteve sujeita também às recomendações da Conferência Episcopal Portuguesa. O Sr. Bispo beijou a Cruz, anteriormente transportada por seminaristas e colocada diante da Assembleia, seguindo-se uma adoração geral, comunitária, fazendo-se um momento de silêncio. Depois de colocada no pedestal, onde se encontra habitualmente, seguiu-se a adoração através do canto.

A grande Vigília Pascal, no final da tarde de Sábado Santo, mais sóbria, mas ainda assim com a bênção dos Círios pascais das paróquias da cidade, Sé e Almacave, com a liturgia da Palavra, a percorrer diferentes momentos na história da salvação, para culminar no Evangelho que anuncia a Ressurreição. Durante a celebração, a bênção da água, na qual serão batizados os novos filhos da Igreja, com o cântico das Ladainhas e a renovação das promessas batismais.

Novamente a Palavra ao nosso Bispo: “Lume novo, lareira acesa na cidade, / És Tu, Senhor, o clarão da tarde, / A notícia, a carícia, a ressurreição. / Ilumina, Senhor, a tua Igreja Santa, e os seus novos filhos que hoje nascem na fonte batismal. Que os nossos passos sejam sempre firmes, e o nosso coração sempre fiel. Vem, Senhor Jesus! Aleluia!” (in Mesa de Palavras).

in Voz de Lamego, ano 91/21, n.º 4603, 6 de abril de 2021

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