No passado dia 18 de fevereiro, teve lugar no Auditório do Patronato da Mêda, um encontro de formação de catequistas promovido pelo Arciprestado do Alto Douro, estando presentes catequistas e seus párocos vindos das diversas Zonas Pastorais, nomeadamente, Mêda, Penedono, São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.
Esta formação teve início pelas 10 horas com o acolhimento de todos os presentes, no qual o senhor Arcipreste, senhor Padre Amadeu, deu as boas vindas e desejando que este encontro fosse o mais profícuo. Seguidamente, o orientador, senhor Padre José Cardoso da SDEC de Viseu, tendo como pano de fundo o tema “Ser catequista hoje… Que desafios?”, explanou-o com três desafios:
Primeiro: Catequese de Iniciação Cristã - Esta catequese de iniciação cristã é uma formação de base essencial e integral da fé unida aos três sacramentos de iniciação do cristão: Batismo, Confirmação e Eucaristia; e que deve ser vista como um ato eclesial que emana do mandato missionário de Jesus: “Ide e fazei discípulos entre as nações…”, uma etapa para o catequista aprofundar e viver pessoalmente este mistério de Cristo, estruturando a sua fé para se pôr em comunhão, ensinando e transmitindo os seus ensinamentos.
Segundo: Catequese Missionária - Hoje, a catequese é chamada a fazer um verdadeiro anúncio da fé, tendo em conta que muitas crianças e jovens ainda não o receberam. Como diz o Papa Francisco “O anúncio começa todos os dias, não convencendo os outros mas testemunhando o Amor que olhou para nós e nos fez levantar.”
Terceiro: Catequese Sinodal – A verdadeira atitude evangelizadora implica “proximidade, amor e testemunho” (Papa Francisco), pois numa comunidade cristã, catequista e pároco devem caminhar juntos, que o testemunho deve ser comunitário e não pessoal para que esse amor se sinta enraizado e dê os seus frutos. Tal como Jesus se aproximou e adaptou às pessoas e como nos diz o Papa Francisco, “o catequista deve ser agente criativo, de mudança e de adaptação para que a mensagem seja mais próxima daquele que a querem receber”.
Após esta exposição, seguiu-se um momento de reflexão e partilha, em pequenos grupos, sobre a catequese vivida nas nossas comunidades. Para finalizar a manhã, houve um momento musical onde cada um mostrou a sua alegria através do canto.
Após o almoço, a formação teve continuidade e cada responsável dos grupos apresentou uma súmula das suas reflexões, constatando-se que a dificuldade sentida em todas as comunidades é transversal. Começa em primeiro lugar na falta de responsabilidade dos pais no percurso catequético dos seus filhos, preocupando-se, muitas vezes e só com as festas que se vão celebrando, deixando para trás o essencial que é a assiduidade às sessões catequéticas que acontecem em cada semana.
De seguida tivemos a oportunidade de ouvir a catequista Olga do Arciprestado do Sátão. Partilhou o seu testemunho realçando que, nos nossos dias, não é fácil esta missão, mas há que saber contorná-la com atividades mais “lúdicas” mas sempre com o objetivo de ensinamentos cristãos. Houve também espaço para esclarecimentos das questões e dúvidas colocadas.
Após esta partilha, aconteceu mais um momento musical, seguindo-se o encerramento deste dia com uma oração final e entrega dos certificados a todos os presentes.
Foi um dia enriquecedor para todos os participantes e que teve como finalidade de nos preparar melhor para a missão a que somos chamados a viver e a exercer no seio das nossas comunidades. Que o Espírito Santo de Deus seja a chama que nos fortaleça nesta vocação.
Um bem-haja aos párocos das nossas comunidades por este encontro vivido e por outros que possam vir a acontecer para o nosso crescimento pessoal e em Igreja.
Flávio Sequeira, cateuista, in Voz de Lamego, ano 93/14, n.º 4694, 22 de fevereiro de 2023