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Diálogo com o Pe. José Abrunhosa sobre as insígnias episcopais

VL - Depois da escolha do lema episcopal – E Jesus caminhava com eles (Lc 24, 15) –, a conceção das Armas de Fé e das insígnias episcopais de D. Joaquim Proença Dionísio. Pedimos ao Pe. José Abrunhosa, pároco de Almacave e distinto colaborador da Voz de Lamego que nos falasse no processo criativo de imaginar, desenhar e produzir o paramento, a mitra, o báculo e a cruz peitoral. Damos a voz a quem percebe:

Pe. José Abrunhosa – Após o conhecimento das Armas da Fé do D. Joaquim Dionísio, da autoria do Padre Hermínio Lopes, a conceção e design do paramento, mitra e as outras insígnias episcopais, são uma paráfrase do seu lema episcopal, “ E Jesus Caminhava com Eles”, e inspiram-se em três vetores que julguei que me  ajudariam a conceber o que pretendia: a personalidade do D. Joaquim, que conheci no  último ano do Curso de Teologia, como seu Professor e Vice-reitor, o caminho sinodal em que a Igreja se encontra e que aponta para o próximo Sínodo em outubro deste ano e, igualmente, porque estamos a poucos dias da Jornada Mundial da Juventude. O D. Joaquim Dionísio é um homem de porte ascético, mas de um fino humor que facilmente gera proximidade e comunhão junto de quem dele se abeira, principalmente das pessoas mais simples. Assim, decidi, à partida, fugir de um design padronizado das lojas de paramentaria religiosa, e apostar em algo mais inovador e até arrojado conceitualmente. Logo à partida, resolvi que, quer o báculo pastoral, quer a Cruz peitoral seriam feitos por artesãos. Para tal, contei com a experiência de um amigo meu, Jorge Neves, muito sensível no conceito de arte contemporânea, que acompanhou e realizou também a execução dos mesmos, numa pequena oficina de dois artesãos no Porto.

VL – Queira explicar-nos o significado de cada uma das insígnias episcopais…

Pe. José Abrunhosa – Se reparar, quer a casula, quer a mitra, têm um design assente num caminho bordado a ouro amarelo, alegoria da vida do homem divinizada pela luz da Ressurreição de Cristo, caminho esse que se adivinha sinodal, que percorre todo o paramento com curvas sinuosas que apontam para um percurso a fazer, sujeito a meandros que obrigam a retomar sempre a direção do caminho a ser feito. É também o percurso feito por Maria quando se “deitou ao caminho, apressadamente, ao encontro de Isabel (lema da JMJ). Pequenas linhas bordadas a azul invocam a presença de Maria que acompanha o caminhar da Igreja, na invocação de Nossa Senhora da Lapa, onde o Senhor Bispo era Reitor, aquando da sua eleição episcopal.

O báculo, é totalmente de madeira, feito à mão. Tem apenas umas pequenas e subtis incrustações de cristal azul e amarelo, na parte superior, incutindo-lhe um ar de levidade. É um báculo pastoral de Pau de Cetin, madeira robusta e nobre, de tom amarelado e extremamente estável que mantém sempre a sua coloração original. O seu porte robusto conduz para a presença de um cajado de pastor que incute confiança ao seu rebanho (Sl 22).

A cruz peitoral, talhada manualmente, é também de madeira de Pau de Cetin, com o seu desenho assente em linhas paralelas (caminho), que formam uma cruz, remetendo, assim, para a conclusão de que o verdadeiro caminho que o Bispo tem que fazer com a porção do Povo de Deus que lhe é confiada, é o próprio Cristo Ressuscitado.

A acontecer...

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