Decorreu, desde a noite de 30 de novembro a 3 de dezembro, o Convívio Fraterno 1441. Contou com a participação de 16 novos convivas e, pela primeira vez, realizou-se no Seminário de Lamego, a quem agradecemos, na pessoa do Reitor, P. Filipe Pereira, todo o acolhimento e disponibilidade. Neste início de Advento, inspirados nas palavras do profeta Isaías –“Dizei aos corações perturbados: tende coragem, não temais. Aí está o vosso Deus” (Is 35, 4) – vivemos neste convívio um reavivar da esperança no Senhor Jesus, que sempre vem ao nosso encontro.
Aqui ficam dois testemunhos de jovens convivas do 1441:
Falar desta experiência torna-se bastante desafiante. Uma jovem de 18 anos que estava a passar por tanto finalmente encontrou alento.
Foram sem dúvida três dias muito intensos, de lágrimas, sorrisos, arrepios, mas também muito amor e paz no coração.
Foi exatamente isso que trouxe, o amor de Jesus que se manifestou no coração daquelas pessoas que comigo estiveram nesta aventura.
Ao saber que as inscrições estavam abertas despertou em mim uma grande vontade de participar, finalmente tinha chegado a minha oportunidade! O primeiro dia foi bastante complicado para mim, conhecer pessoas novas e entregar-me ao que estava a viver não foi fácil, mas logo o Senhor me tocou e tudo foi melhorando de uma maneira que não sei explicar.
Tinha muita curiosidade em saber o significado daqueles abraços de que tanto ouvia falar e posso dizer que foi simplesmente magnífico! Confesso que nunca tinha recebido tanto amor e carinho como nestes dias ou pelo menos com tanta intensidade.
Aconselho com certeza esta experiência a todos os jovens da minha idade ou mais velhos, não temam e entreguem-se à descoberta desta Luz imensa e deste Amor sem igual.
Serei eternamente grata a Deus por me ter deixado viver esta experiência tão bonita. É incrível saber que faço parte da família Laranjinha.
Sónia Rodrigues
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Assim como a maioria dos que fizeram o convívio este ano, também fui na incerteza. "O que será esse tal Convívio Fraterno? O que será que vou fazer lá?
Que tipo de emoções e mensagens me serão transmitidas?" Estas e muitas outras perguntas eram feitas na minha mente antes de chegar. Quando chegámos senti desde logo aquele clima de jovem missionário, jovem que ama não só a Jesus, mas ao irmão. Os dias foram passando e as emoções aumentando, assim como o receio de quando fosse a hora de ir embora.
Assim como foi na JMJ, estava a aproveitar o momento e ao mesmo tempo com receio de como ia ser quando me fosse embora. "Como é que vou viver agora? Depois de tudo isto que vivi, como é que vou conseguir voltar à minha realidade?" Questões que em vários momentos eu senti porque por mais diferentes, tiveram emoções fortes, à flor da pele, corações testemunhas e solidários, lágrimas sinceras de uma alegria e gratidão inexplicáveis, um olhar de pessoas que eu sei que por mais que passem as horas, os minutos ou até os segundos, eu sei que vão estar lá para mim, seja qual for a hora e o local.
Este Convívio pude testemunhar “a Fé que ultrapassa montanhas” que a minha mãe tanto me falava, mas foi de uma maneira especial. Viver cada momento com aquelas pessoas que são meus irmãos e que naqueles dias me fizeram sentir aquela Fé e aquele amor.
Se pudesse resumir o que senti em poucas palavras seria:
Não importa o dia, nem a hora, seremos sempre todos, todos, todos.
Que esta chama que se acendeu dentro de cada um cresça cada vez mais, que a vontade de viver e partilhar mais a nossa fé não seja apenas neste 4° dia, mas que dure, por muitos e memoriais dias.
Agradecer aos convivas que estiveram connosco nesta caminhada, a todos os que rezaram por nós, a todos os que se lembraram de nós nas suas orações e preces e principalmente, agradecer a Deus, porque é por Ele e para Ele que vivemos esta Fé missionária que ultrapassa montanhas.
Rodrigo Gouveia
in Voz de Lamego, ano 94/05, n.º 4733, de 6 de dezembro de 2023.
