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Encontro dos Consagrados com o Senhor Bispo Dom António Couto

Gérmenes de uma vida nova 
Na manhã de 16 de dezembro no Mosteiro das religiosas Dominicanas em nossa Diocese realizou-se o encontro dos Consagrados com o nosso Bispo, o Senhor Dom António Couto e a ele a nossa gratidão pela pronta disponibilidade.

Gostaríamos de expressar a nossa alegria em realizar esta partilha para a nossa Igreja local.

Depois de uma breve exposição do Presidente da CIRP regional, o senhor Padre Avelino Martins da Silva e da Secretária Irmã Teresa Maria Pereira Henriques de Frias, falamos sobre as comunidades, seus membros e as realidades que estamos a vivenciar.

Ressaltaremos os aspetos fundamentais das três horas que passamos juntos:

Uma Celebração comunitária da liturgia dinamizada pelos consagrados. Todos os dias, ao redor de todo o mundo, homens e mulheres religiosos se põe a rezar a liturgia das horas. A liturgia das horas é a récita repetida de Salmos e cânticos em determinadas horas do dia com o objetivo de santificar o dia e a vida de quem reza. E foi através desta oração que o senhor Bispo frisou um aspeto na sua reflexão/formação, isto é, a LEITURA BREVE, que é um pequeno texto trato de Isaías que rezamos.

Formação da parte do Senhor Bispo

Deu início afirmando que estamos em pleno Advento e a caminhar rapidamente para o Natal do Senhor num ritmo apreçado que nos apercebemos através da liturgia diária. Daí sublinhou o breve texto, chamado leitura breve quer dizer que estamos convidados a fazer leituras longas da bíblia para conseguir perceber um pouco o que diz o pequeno texto na liturgia. E pegou a frase “Naquele dia, o gérmen do Senhor será o ornamento e a glória dos sobreviventes de Israel, o fruto da terra será o seu esplendor e a sua alegria”. Is4,2 Afirmou que o fruto da terra é sobretudo a nossa postura humana, as nossas ações. Depois a Bíblia chamará isto por Justiça, Fidelidade, o céu e a terra que se aproximam. Deus desce a terra e a terra também se aproxima de um certo modo de Deus através da justiça e da fidelidade. Deus tem todos os seus atributos e nos criou livres e responsáveis, isto significa que Ele partilha connosco o seu poder, a sua sabedoria de uma certa forma a sua omnipotência, omnisciência, omnipresença e ficamos responsáveis de passar através do nosso rosto, da nossa palavra e ações estas realidades aos demais. Assegurou Dom António que temos muito poder na mão e podemos usar bem ou mal porque somos livres. Deus quis correr o risco disto. Tendo Ele a vida vivente, isto é, que não acaba, partilha connosco o gérmen da Vida Eterna, da vida Divina. E assim nós vemos que o ser humano pode produzir um mundo novo se quiser, e dedicarmo-nos a isto, e temos todos esta intenção, mas nem sempre conseguimos. Tudo depende da sua liberdade. Somos criadores e concriadores com Deus. Igualmente afirmou que muitas vezes somos interrogados da parte de pessoas não crentes: Então Deus não faz nada no meio disto? Deus não para estas guerras? Não Ele nos deu a capacidade para gerir este mundo com todos os dons que nos deu. Ao criar o homem Deus se encolheu por assim dizer, para dar espaço a nós. Se assim não fosse, ficaríamos sem poder fazer opções. Com um tom de voz muito assinalada o senhor Bispo disse: Aqui está em jogo a vida de quem se dedica efetivamente a estas realidades, ver o nosso chão a produzir gérmenes de uma vida nova. Deus está ao centro das nossas vidas mas não deixa de nos convocar, de nos chamar e de me passar pelas mãos o seu poder, a sua ciência, a sua sabedoria, a sua presença. Mal de mim se não sou ou não manifesto para os outros a Presença de Deus.

As opções são imensas. Temos de tomar opções corretas. Estamos hoje num tempo em que, ou fazemos ou Deus não faz. Porque o Deus que é Omnipotente e podia fazer tudo sozinho, ele não quer, precisa de mim para passar por este mundo. A nossa realidade que é passar a vida inteira a passar Deus, a transmitir Deus, a transmitir este gérmen de uma vida nova, divina. Depende das nossas decisões e é por isso que o mundo olha a Igreja e diz: Cara Igreja não está a portar-se bem, está a portar-se mal. Não transmite Deus, transmite outra coisa qualquer. E pode nos apontar o dedo muitas vezes, porque na verdade nós temos esta obrigação de transmitir DEUS. Mas também tem muitos crentes com a mesma obrigação e cruzam os braços. E podemos também pontar o dedo e dizer: E tu fazes o que? Que opções é que tu tomas? O mal, a violência esconde Deus e devemos denunciar, não podemos nos calar.

Diz o profeta Isaías 56: “...todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono.” Não podemos calar mas falar e com a nossa vida transmitir a bondade, a beleza, a justiça, a alegria, a paz, o amor que há em Deus. Ele quer que façamos isto sem o abandonar. Porque ele não nos abandona, esta partilha é permanente, é contínua.

Continuou o senhor Bispo a dizer que o lema para este ano da Pastoral que num certo modo deriva da JMJ é: “Recolhei dos pedaços que sobrarem”. E adentrou-se numa reflexão profunda e muito rica sobre o tema: “as sobras” que não são os restos mas sim é como uma fonte que está sempre a jorrar que todos podemos ir receber, é a graça de Deus que não se extingue. É o único verdadeiro milagre que a Igreja faz a dois mil anos, é o Pão vivo o Pão da Vida Eterna que Deus partilha connosco, e sobra sempre, estão sempre a sobrar. Esta é a vida Divina que Deus partilha connosco e que depois vamos usar com a nossa liberdade e responsabilidade.  Jesus fez uma pergunta pedagógica a Filipe. “Filipe onde compraremos pães para que eles comam?” Esta pergunta é estranha. Jesus não disse: aonde comprarás mas sim onde compraremos, no plural. Temos a grande questão, as vezes nós até pensamos que quando partilha comigo o seu poder, sabedoria, ciência, a sua presença, a sua vida que para eu depois fazer apenas a minha liberdade, o que eu bem entender e isto está errado. As vezes deixamos Jesus de lado e as vezes tentamos fazer nosso uma tarefa que Ele me confiou. Falhamos quando nossas ações fazemos sozinhos sem ELE. É para eu fazer tudo com Ele. Tudo no nosso dia a dia deve ser feito com ELE. Não podemos prescindir de Jesus em momento nenhum. Sem mim nada podeis fazer. São João diz: “Desconhecer a escritura é desconhecer Cristo”. A Palavra é o corpo e o sangue de Jesus.

Houve espaço para intervenção e esclarecimentos e um lanche oferecido pela comunidade que nos acolheu.

Decisão para reelaboração da Equipa da CIRP Lamego. Uma vez que dois membros deixarão por motivos pessoais. Aproveitamos aqui, para lhes agradecer depois de tantos anos de dedicação, disponibilidade e cooperação em equipa a Irmã Teresa Maria Pereira Henriques de Frias e a Irmã Maria Regina de Jesus Silva.

E por fim a Santa Missa de Ação de Graças. O nosso Pastor concluiu agradecendo a comunidade das Dominicanas pela vida de oração pela diocese e pelo empenho e dedicação de todas as Congregações. Mas nos pediu mais empenho, testemunhança e dedicação pelas causas que passam despercebidas neste mundo e dar menos atenção ao superficial para dedicarmo-nos ao essencial.

 

in Voz de Lamego, ano 94/07, n.º 4735, de 20 de dezembro de 2023.

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