No passado dia 27 de janeiro de 2018 realizou-se no Seminário Maior de Lamego o Encontro de Formação para Animadores Juvenis, promovido pelo Departamento Diocesano da Pastoral de Jovens de Lamego (DDPJ).
O encontro decorreu durante todo o dia, com a presença de 28 jovens de diversas paróquias e o formador era o Sr.º Padre Luís Rafael Azevedo.
Por volta das 9h30 houve o acolhimento de todos os jovens (Parte 1) e, de seguida, uma Oração Inicial (Parte 2). Este momento de oração, preparado pela Equipa do DDPJ, começou com um cântico, seguindo-se a leitura de um breve trecho do discurso proferido pelo Papa Francisco, no encontro com os jovens, na sua recente viagem Apostólica ao Chile. Posteriormente, foi lida uma passagem do Evangelho segundo São Marcos (Mc 4, 35-41), prosseguindo-se com um momento de silêncio e reflexão. Em seguida, cantou-se um novo cântico, rezou-se o Pai-nosso e por fim, rezamos a oração de conclusão.
Seguidamente, houve um momento de “Chuva de ideias” (Parte 3), em que os jovens, reunidos em mini-grupos, responderam à questão: “o que esperamos deste dia?”.
Posto isto, o Pe. Luís Rafael, tendo como fonte de apoio o “Manual do Animador Perfeito – 10 Conselhos para não fazer perder a fé aos jovens…”, deu início formação (Parte 4). Logo para começar, fomos convidados a entrar no mundo dos jovens: a procurar perceber a maneira como eles pensam, as séries a que assistem, os assuntos de que falam, a maneira como vivem a fé, as músicas que ouvem, etc… pois, olhando para a realidade, poderemos encontrar novas maneiras de evangelizar. Para confirmarmos isto, foi-nos proposto, como base temática da Formação, a letra de uma música (cantada pelo dueto Anavitória e Diogo Piçarra) que é conhecida pela maioria dos jovens portugueses: “TU, é trevo de quatro folhas”. Através da letra da música supra referida e a simbologia do trevo, fomos desafiados a perceber que os animadores juvenis, podem ser o TREVO (a sorte) para os jovens da sua própria paróquia e para a sua comunidade paroquial. No âmbito dessa temática foi distribuído por todos os elementos um trevo.
Depois desta introdução, seguiu-se a reflexão sobre o primeiro tema (Parte 4.1) que consistiu em conhecer o que é um animador. Ao dividirmos a palavra em duas partes compreendemos que ser animador não é uma tarefa fácil, nem é algo “recomendado pelo médico” porque pode provocar algumas dores de cabeça. Contudo, é essencial perceber que o ponto de partida é sempre questionar: “Que faria Cristo no meu lugar?” (frase que constava no texto do Papa Francisco supra referido), aliás o modelo de animador é Jesus e o papel que se desempenha como animador é atribuído por ele, é uma vocação! Após ser explicitado qual o pilar basilar de um animador, foram ainda explicadas as funções que este deve desempenhar no âmbito de um grupo, os tipos de animadores que existem e as caraterísticas de um animador. Depois de um intervalo, foram também enumerados alguns conselhos que podem ajudar a melhorar o desempenho de um animador e por fim, foi abordado o papel do sacerdote perante os grupos que se organizam nas suas paróquias. No final deste primeiro tema, foi distribuído por todos os elementos uma folha de trevo, na qual se escreveu uma palavra/ frase que descrevesse este tema.
Após o almoço, no pátio do Seminário, foi promovida uma dinâmica de grupo, que consistiu em cada um dos elementos pintar com um pincel uma tela, na qual estava desenhado um trevo, sendo que quem não estava a pintar ia cantarolando a música “TU, é trevo de quatro folhas” e pensando naquilo que tínhamos aprendido durante a manhã.
Quando se regressou à sala de formação, iniciou-se o segundo tema (Parte 4.2), no qual, foram abordadas as diversas fases de um grupo, os factores de união, os vários tipos de elementos num grupo e a relação entre os animadores e os membros do grupo. Tal como no final do primeiro tema, também neste momento foi distribuída uma folha de trevo para que pudéssemos descrever numa palavra ou numa frase aquela última fase. Em seguida, dirigimo-nos novamente ao pátio do Seminário Maior para realizarmos uma dinâmica de animação.
Posteriormente, o grupo regressou à sala para se iniciar o terceiro tema (Parte 4.3), no qual se abordou a temática das reuniões, incluindo a periodicidade com que devem ser realizadas, como devem ser preparadas, quais os diversos momentos, etc. No final desta fase foi novamente distribuída uma folha de trevo.
A fase ulterior (Parte 4.4) consistiu em perceber que os grupos não se devem isolar mas é aconselhável que procurem construir pontes fora de portas, ou seja, participar nas várias atividades da sua paróquia e criar ligação com as pessoas das várias faixas etárias. Por outro lado, também é muito positivo para um grupo juvenil relacionar-se com jovens de outras paróquias, participar nas atividades do DDPJ, promover encontros juvenis mais alargados na própria comunidade, ter uma páginas nas redes socias, etc. No final entregaram-nos, novamente, uma folha de trevo e uma peça de dominó. A peça de dominó serviu para nos alertar que num grupo, tal como num jogo de dominó, existe uma grande diversidade de pessoas/ peças, mas nenhuma é dispensável.
Por último, acabou-se como se começou, com o tema da Fé (Parte 4.5). Nesta última fase, abordou-se a importância da Oração, ela deve ser o alicerce da vida de um animador e a base de todos os grupos.
Seguidamente, cada um colou as 4 folhas que fomos preenchendo ao longo do dia, no trevo que foi distribuído inicialmente, sem esquecermos que o suporte desse trevo (o caule) representa precisamente a Fé.
Antes de terminar o Encontro, pudemos colocar algumas questões práticas e agradecer à Equipa do DDPJ por terem preparado, de maneira tão interessante, aquele dia de Formação. Também foi consensual entre nós o pedido de mais dias de Formação para Animadores! Por fim, era hora da Oração de Envio, a qual foi realizada na Capela do Seminário.
Milene Faustino, Paróquia de Vila Nova de Souto d’El Rei
in Voz de Lamego, ano 88/09, n.º 4446, 30 de janeiro de 2018