Memórias agradecidas
“Vós que compreendeis esta linguagem e partilhais os mesmos sentimentos, rezai por Abércio”.
Este célebre epitáfio cristão do século II é um dos mais antigos vestígios da oração pelos defuntos, obra de misericórdia bastante enraiada na fé crista e de particular vivência neste mês de novembro. Neste sentido, no passado dia 13 de novembro, os cursilhistas do núcleo de Lamego tiveram uma Ultreia diferente. Na capela do Museu Diocesano congregaram-se os cursilhistas para celebrar a Missa em sufrágio pelos cursilhistas falecidos no último ano, com especial destaque para D. António José Rafael, um dos principais promotores e entusiastas deste movimento na nossa Diocese.
A celebração decorreu num espírito de alegre fraternidade, como é característico deste movimento. Presidiu a esta celebração o Pró Vigário Geral, Cón. João Carlos. Na homilia referiu a fidelidade de D. António José Rafael ao “tripé” cursilhista: estudo, piedade e ação. Destacou o olhar sempre curioso e perscrutador de D. António José Rafael e o seu grande afeto para com o Movimento de Cursilhos de Cristandade.
No momento de ação de graças os cursilhistas de forma espontânea fizeram referência aos cursilhistas falecidos que marcaram a suas vidas. Sendo um sentimento comum de grande gratidão por aqueles que nos antecederem e deixaram um testemunho de bondade, caráter, fidelidade e de autenticidade no seguimento de Jesus Cristo.
Em pleno outono, os cursilhistas, no final da celebração, cantaram “De colores se visten los campos en la primavera”, pois o cristão é alentado com a esperança da ressurreição diante das invernias da vida.
Após a celebração houve um breve convívio de confraternização como prolongamento da comunhão que se viveu na celebração eucarística.
DECOLORES!
Pe. Ângelo Santos, cursilhistas
in Voz de Lamego, ano 88/49, n.º 4486, 20 de novembro de 2018