Passada, que parece estar, a pandemia da Covid 19 tentamos voltar aos ritmos e às rotinas de tempos passados. Não se pretende andar para trás no tempo, nem dar espaço a saudosismos inférteis. O que se quer é apenas voltar a chegar a todos. Aos que já estavam e aos que nunca vieram. Aos que desistiram, partindo, e aos que resistiram, ficando.
É, precisamente, com esse intuito que o Conselho Pastoral Diocesano se reúne. O objetivo deste conselho é tentar uma cobertura total do território diocesano e uma incidência pastoral consertada e abrangente a todos os âmbitos da vida eclesial. Por isso e para isso se pede a maior representatividade possível dos arciprestados e zonas pastorais da diocese, dos movimentos eclesiais que nela operam, dos departamentos e comissões que a configuram.
Assim aconteceu neste passado sábado, dia 19, no nosso Seminário. Pelas 9h30 teve início a primeira reunião do Conselho Pastoral Diocesano, deste novo ano pastoral. Longe de estarem todos os que eram necessários e esperados, esta reunião começou com um tempo de oração. Seguiu-lhe a verificação das presenças e a justificação de algumas ausências. E de imediato se passou aos pontos essenciais da agenda de trabalhos.
A partir do que estava agendado na convocatória da reunião, a reflexão incidiu sobre o estado da pastoral diocesana, ao fim de quase três anos de solavancos que a pandemia nos foi dando. A ideia geral é que muita gente ficou, e está ainda, fragilizada espiritual e materialmente. Isto torna-se um desafio prioritário para a Igreja. Há, no entanto, outras situações que já antes da pandemia pediam atenção e resolução, como, por exemplo, o modelo catequético de crianças e adolescentes que se encontra em vigor. Assim como os manuais de apoio (catecismos e guias).
Outra preocupação, que também não é nova, é a necessidade crassa de um envolvimento mais alargado de leigos na pastoral. Gente comprometida e disposta a fazer formação para os diferentes serviços e responsabilidades que a ação eclesial vai exigindo. Associada a esta carência, surge também a contínua urgência de uma rede de comunicação, informação e divulgação extensa, atempada e bem organizada, que se traduza numa convocação significativa de pessoas para as diferentes atividades da denominada pastoral programática, mas que sirva igualmente de suporte à ininterrupta pastoral paradigmática, que o nosso Bispo tanto tem pedido que aconteça.
A reunião deste Conselho termina, no final da manhã, com a vontade manifesta, dos presentes, de recuperar o ritmo de encontros mais participados e mais consequentes.
Pe. Diamantino Alvaíde, in Voz de Lamego, ano 93/03, n.º 4682, 22 de novembro de 2022
