Vinte e cinco anos. Um quarto de século!
Estas são, pois, as Bodas de Prata - chamemos-lhe carinhosamente assim, do nosso Pároco, P.e Amadeu Castro. Está na nossa comunidade há tantos anos e são também tantos os bons motivos para falarmos de um homem que nos deu tanto, e cuja obra se confunde com a própria vida.
Por onde começar? É uma questão difícil, mas por excelentes razões. O P.e Amadeu é um homem incansável. A sua dedicação à nossa terra, as outras comunidades onde é Pároco, à nossa região do Nosso Concelho e até de outros Concelhos, é incontestável. A preocupação com a preservação do património material, imaterial e, acima de tudo, humano é uma característica sempre presente em todas as suas ações. E o P.e Amadeu fá-lo como poucos. A sua obra fala por si.
Seria injusto, e atrevo-me a dizer impossível, numa pequena mensagem, como esta que vos transmito, recordar em tão pouco tempo o que o P.e Amadeu fez por toda a comunidade, e por todas as outras comunidades onde é Pároco.
Destacaria o lar, uma estrutura essencial para a nossa comunidade e que tão bem cuida dos nossos idosos. E todos vós são testemunhas do esforço que o P.e Amadeu deu e continua a dar a estes projetos.
Não poderia também deixar de referir o Museu Etnográfico e o Museu de Arte Sacra. Quem nos visita hoje tem o privilégio de conhecer a nossa história de uma forma que, há alguns anos, seria, para muitos, impensável. Falo de quem nos visita, mas também falo de todos nós. É um orgulho vermos a nossa história tão bem representada e preservada. E o P.e Amadeu, uma vez mais, contribui para que tudo isto fosse possível.
Não podemos esquecer também o seu papel na recuperação e beneficiação do nosso património religioso. As igrejas e as capelas têm hoje a sua marca. O seu papel foi, e continua a ser, essencial, para garantir que a nossa geração honra o património que os nossos antepassados nos deixaram.
Mas haveria muito mais a dizer sobre este tão nosso P.e Amadeu. Uma pessoa sempre próxima e sempre disponível. É também por isto que é uma pessoa querida por toda a nossa comunidade.
Como diz a sabedoria popular, “não existe nada mais forte que um coração de um voluntário”, e a generosidade e o empenho do P.e Amadeu espelham de forma perfeita este ditado.
O meu maior desejo é que estejamos cá todos para celebrarmos muitos mais anos na graça de Deus.
Para si, Pe. Amadeu, o nosso sincero obrigado por tudo.
António Froufe, in Voz de Lamego, ano 93/04, n.º 4683, 30 de novembro de 2022
