Decorreu de 26 a 29 de dezembro, no Seminário de Resende, o Convívio Fraterno 1421.
Aqui fica o testemunho de um dos 12 jovens que arriscaram fazer esta experiência:
Olá!! O meu nome é Mariana, nascida e criada em Barcelos.
Podem estar a questionar-se o porquê de uma rapariga de Barcelos ter frequentado um convívio na diocese de Lamego, no Seminário Menor de Resende.
Mas para perceberem melhor o porquê de vos estar a escrever isto e o motivo de ter participado no convívio fraterno 1421 precisamos de recuar uns meses atrás.
Em Abril do ano passado, a minha prima Joana, que foi convidada a participar no convívio fraterno 1408, pediu-me para ir com ela a esse mesmo convívio, mas por alguns motivos pessoais não tive oportunidade de ir. No fim desse convívio, quando ela chegou, vi uma pessoa diferente. Alguma coisa tinha acontecido naqueles dias e eu não tinha noção do que ela tinha vivido apenas sabia que ela estava conectada com Deus e que algo nela brilhava.
Nos meses seguintes afastei-me de Deus, segui um rumo afastado dele. E achava eu que estava tudo bem com isso, mas não estava. Quando a minha prima voltou a referir o convívio fraterno no qual participei, a minha resposta era sempre a mesma: “Não posso”. E dizia-lhe sempre que precisava de estudar e não lhe estava a mentir, precisava mesmo, mas isso em certa parte era uma desculpa.
Porque uma coisa é certa, conseguimos arranjar sempre tempo para Ele.
Mas o que ela não sabia é que passava a vida constantemente a questionar-me “Porque é que deveria ir se já não quero saber da minha relação com Deus? “
Agora sei que era Deus que me chamava. Como eu não me esforçava a ter uma relação com Ele, Ele chamou-me, Deus queria que eu estivesse lá.
Naqueles 3 dias percebi o amor que Ele tem por nós, percebi o porquê de me ter chamado, consegui estabelecer uma conexão tão forte como nunca pensei que era possível. Consegui viver e ver a presença de Deus, a maneira como Ele influencia a nossa vida, principalmente nas pessoas que fizeram o convívio comigo, os “12 apóstolos de Jesus”, pois ele transformou-nos em algo melhor, algo que nem nós pensávamos que podia ser possível. Tínhamos perdido a conexão com Ele e saímos de lá mais fortes e com uma chama que arde tão vivamente… Só demonstra o nosso amor por Ele, pelo nosso Pai.
Mas nem tudo é fácil, porque no final dos 3 dias deparamo-nos com a realidade. Isso foi algo que pensei bastante no último dia do convívio pois questionava-me várias vezes “Será que depois destes dias vou conseguir continuar a construir esta relação com Deus?”
Mas porque não havia de conseguir se a maior vontade que eu sinto neste momento é de espalhar o amor que tenho por Deus? Agora o trabalho é meu. Ele chamou-me e entregou-me a pessoas que me ajudaram a voltar a encontrar a minha conexão com Ele.
Agora com o apoio da família laranjinha percorro um novo caminho ao encontro Dele, assim como nos diz o evangelho de São Mateus: “Voltaram para a sua terra por outro caminho”.
Mariana Silva, CF1421,
in Voz de Lamego, ano 93/07, n.º 4687, 4 de janeiro de 2023