No passado sábado, faleceu o Padre Manuel Augusto da Costa Pinto que, nos últimos tempos, enfrentara uma grave doença. O Pe. Costa Pinto, como era conhecido entre nós, nascera a 7 de maio de 1928, em Cetos, na zona pastoral de Castro Daire e celebrara recentemente o seu 90.º aniversário natalício.
Ordenado sacerdote em 22 de dezembro de 1964, foi membro da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos como Redentoristas. Por razões que não importará agora elencar, integrou-se no presbitério de Lamego nos anos 80 do século passado, tendo assumido a missão paroquial de Almofala, na zona pastoral de Castro Daire, em 27 de julho de 1987, e, um ano depois, em 12 de Setembro, a de Salzedas, na zona pastoral de Tarouca, onde era professor na Escola C+S. Mais tarde, depois de ter deixado Salzedas, assumiu a paroquialidade de Cujó, em 14 de outubro de 1995, também na zona de Castro Daire.
Nos primeiros anos deste novo século e milénio, deixou a missão paroquial e viveu alguns anos em Viseu, onde colaborou com os sacerdotes locais. Mais recentemente veio morar na sua terra natal e passou a colaborar com o seu pároco, mas também com outros párocos vizinhos, mostrando sempre grande disponibilidade.
Assumindo posições nem sempre enquadradas no pensamento e disciplina eclesiais, cultivava uma liberdade de espírito e vontade de mudança, reconhecendo exageros nas suas posições em determinadas alturas. Mas sempre com a preocupação de salvaguardar a dignidade humana.
Na zona pastoral de Tarouca, onde o encontrei e com ele colaborei enquanto seminarista e como padre, sempre testemunhei, da sua parte, um salutar acolhimento a todos e uma disponibilidade singular para colaborar na missão comum.
O nosso jornal, em nome de quantos o conheceram e com ele privaram, louva o Senhor pela vida, vocação e missão do Pe. Costa Pinto, rogando ao Deus da Vida pelo seu eterno descanso.
Pe. Joaquim Dionísio, in Voz de Lamego, ano 88/33, n.º 4470, 17 de julho de 2018